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Poesias-->As prisões dos desgraçados... -- 21/02/2009 - 01:51 (Antonio da Silva Magalhaes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As prisões dos desgraçados....

Autor: Masilan Tovaga Hãesvao



Prisões de detidos, condenados, suspeitos e inocentes!

Tua intrepidez, é mormente cercear a liberdade humana?

Não estarás a cometer maior ilícito penal a essa gente?

Torna-te Escola, restabelece à liberdade sem barganha!



A tua luz, é obscuridade arrepiante, mesmo ao meio-dia;

O teu ar, metamorfisa alienígenas execráveis e malditos;

O teu ministre funesto, não serve nem à máxima felonia;

As tuas celas de vinte, blindam duzentos duendes aflitos.



O teu aroma é um mix de mofo, suor, sangue e sei lá o quê...

Dás ao visitante a fragrância da condenação ao abandono;

Dás às tuas celas um fundo de negrume para quem as vê;

Corpos e paredes juntos, são como o lusco-fusco do outono.



Somente os olhos contíguos às grades, resistem na pretura;

Observam as visitas como um grande acontecimento do dia;

Assustados, curiosos, invejosos e com pasmas olhaduras;

Aglomeram-se a despeito de existir em seu meio um doentio.



Nos saguões de quatro presos há um pouco mais de luz;

É possível ver um que bate a cabeça com leveza na parede;

É possível ver outro que lê a Bíblia... a pensar em Jesus;

Ouve-se outro que em tom de moribundo grita o seu enredo.

“Ai meu Deus....Eu quero a minha liberdade !...”



Nessa disparidade de negros, pobres, magros, mórbidos;

Um combinado de sem escola, sem pais e sem trabalho;

Jovens com dezoito a vinte e quatro anos em opróbrios;

Só os vícios em drogas legais ou ilícitas são seu salário.



Sem residência fixa, sem crença em crescimento social;

Menos ainda, sem o sufrágio afetivo e cordial de alguém;

Mais prisões de desgraçados estão fadadas a majorar;

E, se o meio não atuar já, todos seremos vítimas também.



PS. Baseado em uma visita a uma prisão brasileira

Barcarena PA, 19 de Fevereiro de 2009.



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