Principalmente quando lhe subia pelo corpo aquele calor que a fazia pensar na entrega, naquela vontade de imiscuir-se, no abraçar o desejado abraço, nas mãos deslizando pelo corpo dele e o deslizar das mãos dele no corpo dela, nas vontades sussurradas, no riso alegre, no beijar o beijo da boca que beijava numa mistura de não querer nunca parar o beijo dos dois.
Costumava insinuar-se.
E sempre e muito quando bebiam um pouco, sempre conversando sobre o passado de cada um e sobre as idéias e o futuro que teriam juntos e sobre os desejos que tinham, as mãos agarradas, os pés entrelaçados embaixo da mesa, os olhos um no outro e cada demonstrar dela originava o mostrar dele da vontade que tinham de nunca acabar aquele amor que sentiam os dois.
Costumava insinuar-se.
Inda mais quando o sol e a água salgada esquentavam seu corpo e o barulho do mar despertava todos os seus sentidos e sabia dele ali ao seu lado sabendo a sal, e sabia que a cada movimento seu viria um dele sempre completando o que ela começava e sempre querendo que começasse o que fosse e de qualquer maneira, sempre ele sabendo a ele mesmo renovado da mistura dos dois.