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Poesias-->O Guardador De Sonhos -- 10/02/2009 - 19:45 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:130952202174138000



 


O Guardador De Sonhos


Um dia a voz que está sozinha


Dentro de ti mesmo


Vai falar contigo. Escuta-a:





— Eu não quero te falar


Tu nem me ouvirias


Nada tenho a te dizer.





A voz está sempre aberta


Ao diálogo. Mas tu a rejeitas


Como um parvo, um galego:





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Seria um diálogo de surdos


Uma fala entre mudos


Nada temos a nos dizer.





Um dia, quando? Quando?


A voz que tudo tem a te


Dizer vai querer ser ouvida.





Não demora! Ou não terás


Mais ouvido para escutá-la


Conversas que precisas ter.





A voz que nada teme


Vai querer falar contigo


Revelar uma, duas vezes


Duas ou três coisas


Que ela tenta te dizer.





Há muito hesitas ouvi-la


Por quê? Verdades não são


Bem-vindas, a vida não é


Um refresco numa paisagem


Linda: encara-te no se saber.





Ela quer te dizer que tua


Pulsão de vida é morte


Que quem vive do ódio


Não vai sobreviver.





Ouve tua voz te dizer


Ela quer falar contigo


Tu não queres nem saber.





Ela quer te dizer da vida


Amanhã foi muito, muito


Tarde. O futuro em ti


Arde como brasa dormida.





Os tempos estão confusos


Os sentidos obtusos


Passado e presente levaram


As horas idas, por vir


Desse desviver.





Teu sono te traiu. Teu sonho


Sumiu, teu porvir morre


Antes mesmo de nascer.





A voz esquecida, muito


Mais que ida, nada tem


A te dizer. Mas ela quis


Falar contigo para que


Aprendesses a nascer.





Agora talvez tenhas ciência


Do sentimento do mundo


Apressado do consumo


Sem afeto, paz ou decência


E que o se chamar Raimundo


De nada vai te valer.





Agora rememoras a moradia


Esquecida da voz raramente


Ouvida, essa rosa silenciada


Que não pode mais te valer.





Teu medo de se saber


Teu medo: amar-se


Querer ignorar-se


Apagar da memória


Seus sabores. Negar


Tua agenda de crimes


Teu horror à liberdade


A necrópole ambulante


O natal em tua cidade


O sangue dos mortos


Em tuas mãos.





A voz queria ensinar-te


A saber crescer


Dizer-te da coragem


Da coragem inusitada


Do menino que ouve


A voz ativa dos sinos


Do amanhã como quem


Inconformado com esse


Mundo a ele reservado


Cria anticorpos no sangue


Para viver a Guernica


De seus vasos sanguíneos





E dela renascer: Abracem-se


Irmãos! Os caminhos sob as


Estrelas acabam de nascer


As filhas do Elíseo cantam


Canções subterrâneas


Na linguagem do fogo


Que se faz alvorecer



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