O papel que a USINA de LETRAS desempenha em minha vida hoje em dia é de uma importância tal que estou disposto a fazer o possível para a manutenção deste precioso espaço.
Quando aqui comecei a 17/02/2002 eu vinha de um jejum literário de mais de quatro anos, motivado por uma grave crise financeira que finalmente parecia rumar-se ao fim.
Dei de cara com a USINA num período em que a crise já amenizara, mas nem por isso tornara-se menos penosa. Era um período de buscas em que eu precisava de novos objetivos para minha vida, que até então quase que se resumia em "cobrir cheques e duplicatas".
Nosso sítio, a princípio serviu-me como uma válvula de escape para toda a tensão que eu acumulava, durante os dias, nas difíceis negociações com bancos e agiotas, e foi aqui; escrevendo, que comecei a resgatar uma parte de mim a muito esquecida.
Aos poucos a USINA foi tornando-se mais e mais importante para mim. Fui fazendo amigos, conhecendo pessoas, me aprimorando como ser humano e hoje posso dizer, sem a menor demagogia que a USINA é uma das coisas que eu mais prezo na vida.
Todos os dias faço o que posso para visita-la duas ou três vezes, nem que seja só para dar uma olhadinha. Nem sempre é possível devido ao meu trabalho, mas na medida do possível estou aqui, publicando ou baixando textos dos amigos para ler depois, desconectado, por questão de economia.
É gostoso fazer parte desta comunidade. A USINA nos faz mais cidadãos; pessoas melhores. O convívio usineiro, com pessoas tão diferentes e as vezes intolerantes, nos fazem mais tolerantes. Ficamos mais gente...e isso é impagável.
Certamente não sou mais escritor hoje do que era a dez anos, mas sou muito mais cidadão do que era a um ano, e se isso, não se deve só à usina, jamais negarei sua importância no processo de resgate da cidadania que eu atravesso.
Penso que a USINA não pode acabar! Pelo contrário! Temos que faze-la crescer ainda mais, pois seu potencial é imenso. Temos que leva-la à "mídia" e eu não estou falando da globo ou grandes revistas, mas sim dos pequenos meios de comunicação que temos nas cidades onde moramos. Temos que faze-la ainda mais conhecida, mais visitada e lida e que o número de usineiro seja ainda maior, para que a possibilidade de seu fim seja cada vez menor.
Antes porém, temos que resolver seu problema mais imediato que é a falta de recursos e no tocante a isso eu me disponho a acatar o que for decidido pela direção do sítio e meus companheiros escritores.
Acho a idéia da anuidade muito boa assim como nunca tive nada contra os patrocínios, dos quais, por sinal, só não me utilizei ainda devido às restrições da forma de pagamento que atualmente só é feita através do cartão VISA.
Penso que poderia se pensar, num primeiro momento, na possibilidade de se fazer uma espécie de campanha, tipo "SALVE a USINA" onde poderíamos (com outras opções de forma de pagamento) doar qualquer quantia para que sítio se equilibre até que a melhor solução seja enfim encontrada e adotada.
Penso enfim...que isso aqui é bom demais para acabar e que muitos de nós passaremos a vida toda lamentando caso isso ocorra pela nossa omissão.
Vamos lutar para que a usina melhore: em termos literários, escrevendo o melhor que pudermos e em termos estruturais colaborando para que nosso sítio se sustente a nível financeiro.
