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Cronicas-->A Sociedade dos Poetas Vivos -- 31/05/2005 - 18:11 (Luis Gonçalves) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Sociedade dos Poetas Vivos
Luís Gonçalves
Os membros notórios da irmandade da sagrada escritura entraram em ação. Tudo indica que a coisa vai mudar.
Faz hora que o pessoal vem elaborando essa perfomance crítica e crísica da poesia contemporànea.
Algo totalmente surrealista. Capaz de sucumbir com certos pesadelos enfadonhos das antigas letras do passado.
O órgão é ligado a embaixada superior de letras. E faz questão de tranquilizar os internautas: o papo vai continuar.
Não haverá retaliações contra os poetas que "surfam" no MSN Messenger. Fiquem à vontade. Só não atropelem a poesia.
Palavra dos personagens que congregam na sociedade dos poetas vivos que sobrevivem dos varapaus de poesia.
Não havendo restrições contra a proliferação de novos jargões e dialetos mesquinhos, a gurizada colabora.
Enquanto os milicos das letras se organizam para a implantação do sistema a turma da oposição rufa o bombo.
Mas, os poetas modernos não estão nem aí!
A proposta é trincar um manifesto que determinará o plano de leitura dos próximos movimentos literários.
Essa garotada que fica aí teclando a torto e a direita vai ter que caprichar nos textos. Sem essa.
Na verdade será apenas um remanejamento peculiar no sentido máximo da expressão do poeta contemporàneo. Do tipo: vamos colocar o pingo no "i". O resto a gente entende.
Será uma pequena formatação da linguagem erudita. Parte integrante do complemento comunicativo. Também, uma nova maneira de rediscutir o ócio produtivo.
Os novos poetas querem expurgar aquele velho fantasma do passado. Reeditando a visão do próprio autor como vítima.
Essa composição tornaria o poeta mais ativo. Capaz de um senso de humor degradante e possessível. Do tipo: "pimenta nos dos outros é refresco".
O conceito psicótico dessa literatura juvenil vai além de uma simples pirraça erudita e declina a agredir o complexo reduto do tolo. Operando a alta-estima da malandragem.
Seria uma nova roupagem ao tão cultuado ébrio saudosista que marcou época e foi transferido de geração a geração.
Poderia até ser batizado como: um novo olhar para o poeta enquanto parte de sua própria criação extravagante.
Mas esse olhar extravagante já agride o propósito do manifesto. Sendo dolosamente perturbador ao poeta pacato.
Um dos grandes simbolismos do poeta moderno vai pra lá de um simples varal de poesia. Isso é indiscutível.
Indiferente as meias palavras o poeta pode se exprimir através de micro contos e micro poesias.
Porém, nada que vá além da compreensão do seu leitor. Por isso é importante esse intercàmbio das letras.
Começo a pensar que será fatal essa reengenharia poética. Tomando o cuidado de não se extrapolar na tese.
É complicado lidar com um poeta morto que tem voz. Imagine ser vítima de um poeta vivo que fala pelos cotovelos?
Se não podemos viver sem a poesia, o mínimo que devemos fazer é lutar por uma poesia que possa ser pelo menos compreendida. Do tipo: "leia e não discuta".
Levando pelo lado filosófico das letras, tudo é possível. Até as paradas das letras se extinguirem.
A propósito, se a poesia vai estabelecer um novo conceito de dialética qual será a justificativa do autor?
A formação de um calendário literário deveria ser visto como prioridade. Através desse expediente a poesia poderia ser mais exata. Aproximando da atual realidade de expressão.
A poesia é uma ciência exata pelo conceito da criação erudita. Tanto que algumas sobreviveram além do seu criador.
Em compensação a força poética contemporànea é muito mais eficiente. Acaba liderando em produtividade.
Os poetas que sobreviveram no passado foram aqueles que plantaram maior número de perguntas sem respostas.
E esse material acabou sendo base de pesquisa de nossos atuais poetas. Futuros ginecologistas das letras online.
Então começaremos uma nova era: respondendo as perguntas que ficaram semeadas nos densos textos do passado.
Fazendo os enterros dos ossos, dos boêmios inveterados. E se preparando para uma nova convivência com as letras.
Catalogar todos os idiomas dos poetas anónimos será um árduo trabalho. Sem dúvida. Porém, será inesquecível.
Será a realização de vários artistas da fome. Que não conseguiram ir além dessa desconstrução patética. E vivem iludidos com suas relíquias de péssimos hábitos.
A equipe já está recebendo doações das pérolas cotidianas que vão ilustrar o nosso novo cenário poético.
Já começou o bate-queixo entre a galera erudita. Um poeta da vida quer saber, como vai ficar seu novo poema?
Os poetas do morro acham que toda ação é uma poesia e deve ser registrada com certa categoria.
Por exemplo: "Mão na cabeça, documento!" É um micro ou um macro poema?
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