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Artigos-->AMOR COMIGO -- 26/11/2002 - 11:17 (OLYMPIA SALETE RODRIGUES - 2 (visite a página ROSAPIA)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
AMOR COMIGO



Numa correspondência com um amigo, usei a expressão “quando faço amor comigo”. E ele comentou: “Gostei do ‘amor comigo’, pois tem gente que nem sequer sabe se masturbar com arte, tamanho o bloqueio. Você já escreveu algo sobre masturbação? É um tema interessante. Que nome horrível, masturbação! Amor comigo é poético.”



Então, meu amigo, a seu pedido, venho falar dessa expressão da qual penso ser autora, pois nunca a ouvi de outra pessoa.



Eu não uso a expressão apenas por ser poética. Nem por aversão ao termo “masturbação”, que o Aurélio cita como “vício solitário” e “auto-erotismo”. Uso-a justamente porque aprendi a amar o meu corpo e o manipulo com reverência, prazer e amor. Nem de longe poderia chamar esse momento de vício, que o próprio Aurélio descreve com palavras terríveis e todas negativas, sempre lembrando pecado e culpa. Ora, como chamar pecado a algo tão prazeroso e inteiramente lícito, desde que o corpo é meu? Se a cada vez que meu corpo me dá o sinal de que tem fome de prazer eu for convocar um companheiro, ah, até desisto... rs... E muitas vezes me surpreendi detestando dizer que me masturbei porque não sentia nada disso que meteram em nossas mentes-crianças com a finalidade de nos assustar e por simples e nefasto moralismo. E me perguntava: o que faço então? Sacanagem também não é, pois seria sacanagem comer um pedaço de pão quando tenho fome? E ao procurar o termo adequado, sorri muitas vezes pensando em prazer e amor. Demorou mas a expressão “fazer amor comigo” veio à minha mente e não faz muito tempo. Passei a usá-la com a naturalidade com que a disse na carta que enviei ao meu amigo. E ele fez o favor de me chamar a atenção, pelo que agradeço.



O termo masturbação foi usado por séculos em referência apenas aos homens. As mulheres até tiravam suas casquinhas... mas, socialmente, não se poderia admitir sequer a hipótese de mulheres se masturbarem e arrancarem prazer de seus corpos. Quando muito, isso seria admissível em prostitutas... não em moçoilas virgens ou honradas esposas. Se até o prazer conjugal nas mulheres levou séculos para ser “liberado”?!... Com o feminismo, antes velado e depois aberto, ajudado por uma recente e famosa revolução sexual, os conceitos foram mudando, adquirindo novos sentidos e tornando-se aceitáveis e, com o tempo, até naturais. Hoje ninguém se espanta mais se uma mulher discute a masturbação e declara ser sua adepta.



A expressão “amor comigo” guarda e revela muita coisa, além de poesia, romantismo e delicadeza. É a determinação da mulher de se dar os direitos ao prazer, ao erotismo, à própria saúde. É o exercício lícito e sadio que nos faz conhecer cada vez mais e melhor nosso corpo e assim nos tornar muito mais ativas e participativas quando do amor a dois. E é um momento de realização, independente do companheiro. Acho difícil descrever todo o sentir do ato que atinge vários graus de intensidade, que implica o corpo inteiro e que produz orgasmos tão gratificantes quanto aqueles produzidos na companhia de um parceiro. Só mesmo a palavra amor, em sua mais completa acepção, pode traduzir de forma completa todas as sensações femininas nesse “encontro” generoso de cada mulher consigo mesma, verdadeira obra de arte.



Perdoem-me os leitores, mas não sou capaz de reproduzir o impossível. Cada mulher que me ler saberá completar este Artigo, certamente bem no seu íntimo, sempre sorrindo e, talvez, gemendo.... E aos homens peço desculpas, mas lhes entrego este Artigo incompleto... rs... Mas dou-lhes um incentivo: agucem seu lado feminino, que existe e é sempre lindo, dêem uma apuradinha em sua sensibilidade, tentem sentir! Depois, por favor, me contem!!! Risos... risos... risos...




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