118 usuários online |
| |
|
Poesias-->BRANCA DE NEVE -- 20/01/2009 - 10:20 (João Ferreira) |
|
|
| |
BRANCA DE NEVE
Jan Muá
Vila Pouca de Aguiar,
20 de janeiro de 2009
Branca de neve a vila
Seu casario, suas ruas, seus jardins
E suas montanhas
Branca, ela seduz pela impressionante imagem
Como se fosse um enorme torrão de açúcar
Ou uma aliciante árvore de Natal
Mostra-se em telas visíveis e imponentes pela brancura
Nos telhados brancos
Nas pistas níveas cobertas
Nas árvores emolduradas e enfeitadas
E sobretudo
Nas montanhas de cabeços e encostas alvas
Como seeste fosse o rosto do mundo
Em espetáculo de magia
Branca de Neve
Em suas vestes
Dá-nos além da sedução lírica
O frio realíssimo que enregela os ossos
Corta-nos o rosto
Esfria-nos as mãos
Impede-nos ou dificulta o trânsito
E ergue-se como símbolo resvaladiço
De traição aos líricos sinais que antes
Haviam encantado os olhos
Branca de neve é sem dúvida
Elegante e sedutora em seu look ransmontano
Mas que nos traz a par de seu rosto de sedução
O gélido vento que impiedosamente sacode o rosto
E aporta ambulante e cortante
O frio que enregela as mãos
E a polar temperatura
Que faz tiritar os montanheses
Que se achegam à lareira
Para reaquecer os membros
Postos à prova pelo gelo
Tocado pelo vento
Que vem da montanha.
Jan Muá
Vila Pouca de Aguiar
20 de janeiro de 2009 |
|