Meu universo
Areias movediças
Que tragam todo o peso
Tudo engolem
Buraco negro
No deserto da vida.
Vejo o mundo
Com os olhos
De meu momento interno
Ora um paraíso tropical,
Ora um árido deserto.
Floresta tropical,
Pressentindo feras
Externas ou internas.
Exuberância de vida,
Prestes a ser engolida,
Gerando nova vida.
Criatura ou criador ?
Interfere o que penso
No meu universo,
Interno ou externo ?
Dele sou vítima,
Ator ou diretor ?
Pântano de vida,
Úmido ventre da terra,
Meio água, meio terra.
Afundo no inconsciente
Ambiente incomodo
Que diuturno me gera.
Sonho o universo ?
Ou de seu sonho faço parte ?
Entendo-o como sagrado
Ou um universo laico
Como o da ciência ?
Muda se o entendo diferente?
Márcio Filgueiras de Amorim
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