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Artigos-->37. ENREDAMENTO MEDIÚNICO E DOUTRINAÇÃO — MARLENE -- 26/11/2002 - 07:31 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Não estou disposto a aceitar mais nenhum texto que não contenha mensagem de muita fé e esperança no trabalho que estamos realizando. Estou cansado de saber que existem pessoas em espírito carentes da proteção e dos cuidados dos irmãos socorristas que, agrupados, velam pela salvação desses irmãozinhos. Mas peço com insistência para me livrarem desse tipo de trabalho, pois me encontro adoentado e não sou mais capaz de captar direito os verdadeiros termos deste discurso. Acho que é chegada a hora de parar, pelo menos por agora, para que vocês tenham tempo de refletir e de elaborar outras mensagens, com mais discernimento e mais luz.



Graças a Deus, estou tendo oportunidade de manifestar meu desagrado e espero vir a ser atendido com toda a presteza. Sei que está parecendo mesmo que não sou eu quem está redigindo este texto, pois mais parece alma penada e desvairada do que o meu pensamento de médium. Mas terei bastante paciência e prosseguirei até que atendam aos meus pedidos mais íntimos de que venham a ser ouvidas batidas sobre ou sob a mesa, para revelar, em materialização, qual o segredo ou qual a mística que está por trás disto tudo.



Não há mais mistério para mim, pois sei que é meu inconsciente quem determina os assuntos que se constituirão em temas para estes escritos e é minha a capacidade intelectual e motora para redigi-los com palavras convenientes, cheias de adjetivos sacrossantos, de termos extraídos de textos semelhantes que, desde alguns anos, venho lendo, principalmente os da doutrina pura, organizados e publicados por Allan Kardec, bem como os de moralidade e de comportamento, psicografados pelo médium Chico Xavier.



Mais que nunca, pleiteio que seja também atendida a minha formulação maior: que apareçam espíritos de categoria, como os de Emmanuel ou de André Luís, os quais evidenciarão, com toda a nitidez, que não se trata de fenômeno anímico, como bem estou desconfiado, mas simplesmente de verdadeiro contacto com entidades do plano da realidade superior.



É interessante notar que este “ditado” está sendo escrito com a maior rapidez possível, o que vem a demonstrar, cabalmente, que tenho total responsabilidade pelos textos que estou, há algum tempo, atribuindo a espíritos ou entidades desencarnadas de um tipo qualquer, cuja forma, estrutura e função não posso aquilatar.



Estou, portanto, sendo bem honesto e encontro-me esperando explicação plausível, inclusive para este texto que estou escrevendo e que me parece desafiador de quanta verdade possa existir na doutrina espírita. Mais tarde, evidentemente, poderei submeter estes trabalhos de todas as tardes à apreciação, à análise e à crítica de médiuns mais desenvolvidos e de pessoas mais inteligentes. No entanto, o que estou a solicitar é pouco, diante do muito que é a existência humana.



Já que nenhuma resposta estou obtendo, vou escrever o que penso a respeito disto tudo: trata-se de grande mentira. Sou eu mesmo que estou inventando teorias e situações, de sorte que possa projetar meu sucesso no seio de minha família e, quem sabe, mais tarde, divulgar junto à imprensa, de modo que todos venham a me admirar e concorrer para que obtenha sucessos cada vez maiores e possa fazer nome de glória, não afastando ainda a hipótese de vir a ganhar muito dinheiro através deste trabalho, além, é claro, de comover as pessoas, especialmente do sexo feminino, que passarão a me adorar e a bajular o meu “ego”, fazendo com que me sinta cada vez mais realizado em todos os meus objetivos de glória, de enriquecimento, de êxito social e amoroso.



Eis aqui o resumo e a crítica destes meus últimos dias, após ter-me aposentado, como sempre disse, “em vida”. Muitas vezes tive oportunidade de censurar as pessoas que vinham aproveitando-se do fato de não serem vigiadas para poderem flanar, sem nenhuma responsabilidade pelo trabalho que faziam. Agora, estou empenhado em realizar os mesmos feitos. É por inveja, naturalmente. E já que estou a me censurar, confessando os meus pecados, aqui vai mais um, o da sonegação da benquerença a quantos estiveram a meu lado, pois tenho defeito irrecuperável: sou extremamente egoísta e superiormente despótico. Jamais tive qualquer ato de comiseração para com qualquer pessoa de meu relacionamento. E também sou muito preguiçoso, pois estou entediado com este longo texto em que faço análise de consciência.



Evidentemente, estou a perceber que o texto partiu de censura aos outros e acabei retornando à análise de minha personalidade. Quero deixar bem claro que não tenho nenhum vexame de confessar que meus objetivos eram e sempre serão os de enganar, de ludibriar a boa-fé dos leitores, a começar pela minha esposa, que está a passar a limpo estas páginas, bem como meus filhos, que devem ler com atenção, especialmente a minha filha, a quem anteontem ofereci à leitura texto que, aparentemente, vinha do Alto, de espírito que estivesse interessado em manter relacionamento mediúnico.



É mais do que ser falso. É quase ser idiota, pois tal falsidade se voltará contra mim, uma vez que estou perdendo o meu precioso tempo e não estou conseguindo chegar a resultado nenhum. Se a minha pretensão era enganar os outros, por que estou a revelar todos os meus segredos mais íntimos?! Acho que me “esbagliei”, como costumo dizer.







Bem, é hora de revelar que tentei induzir o médium a escrever mensagem que desacreditasse o próprio trabalho e verifiquei que tudo o que poderia ser demérito para ele, era para mim, que por aqui passei e fui conduzida e estimulada a escrever, sem que percebesse que estava totalmente cercada por espíritos que têm por si suas boas intenções. Vejo-me envergonhada de minha atitude e peço, humildemente, que me perdoem, por ter-me atrevido a induzir alguém a isso, principalmente tentando (vejo-o agora) inutilmente levar o médium a interromper trabalho que vinha sendo feito com muita propriedade e convicção.



A partir deste momento, estou pondo-me à inteira disposição dos amigos presentes e peço, com muita vergonha e insistência, que este texto seja inutilizado, pois falará muito mal de mim e deixará registrado que houve um dia alguém cheio de maldade que queria provocar desastre emocional, na pretensão de interromper trabalho mediúnico salutar.



Quero informar que tenho vindo observar muitas vezes o que se passa neste quarto, mas sempre achei muita bobagem tudo o que via. É que não via tudo, só o que me interessava; hoje, curvo-me à evidência de que o trabalho é sério.



Vou interromper minha escritura para dar lugar a um dos orientadores, que me estimula a prosseguir, no sentido de solicitar a consideração de todos os presentes, e que pede para humilhar-me, fazendo prece de agradecimento pela oportunidade de revigoramento que me foi dada. Assim devo fazer, embora não tenha certeza dos benefícios que isto poderá causar-me.



.................................................



Já orei, com o amparo de vários irmãos, que depositaram as mãos por sobre a minha cabeça, e despeço-me muito arrependida pelo que fiz. Magoadamente.









COMENTÁRIO — MARCELO E EQUIPE



Claro está, caro amigo, que o texto anterior é de apoio ao trabalho de assistência socorrista que mantivemos para com o espírito da irmãzinha, que vinha para perturbar os nossos trabalhos. Fique sossegado que tudo está sob controle e não leve a sério as palavras dela, pois simplesmente fez vibrar, com nosso conhecimento e assentimento, algumas cordas de sua consciência, para que, no final, ficasse lição de humildade e de humilhação, necessária para quantos almejam atingir desenvolvimento mediúnico de qualidade. Ainda um dia chegará em que você terá possibilidade de confrontar-se com situações mais embaraçosas, pois, para passar para outros estágios de maior responsabilidade, é preciso vencer os liames de culpa que prendem os indivíduos às suas encarnações pretéritas. O reconhecimento das faltas, sua confissão, mesmo que seja no âmbito da consciência, é fundamental para que o espírito possa compreender todos os percalços a enfrentar, na superação de seus defeitos e no pagamento integral de suas dívidas. Ainda virá um dia em que, face a face com sua verdadeira personalidade, poderá obtemperar e considerar os verdadeiros objetivos de nossas palavras.



Fique em paz, irmão, e, se quiser, poderá queimar as páginas ditadas, mas lembre-se do conteúdo delas, para que venha a ser tema de suas meditações.



Queremos acrescentar que este dia foi muito produtivo, pois vários textos foram produzidos, ditados e registrados com perfeição, o que muito nos alegra, pois estamos cientes de não existirem tema, assunto ou matéria que não possam ser trazidos, pois até um de caráter aparentemente pessoal foi apanhado com esmero e sem grandes preocupações, o que somente está a demonstrar o grau de confiança que você deposita nestas mensagens e em seu teor de moral elevado e de utilidade transcendental para a conclusão com êxito de nossa missão.



Foi bom ter ficado até um pouco mais, pois você se sentirá mais seguro e poderá ficar livre de pensamentos desajustados que o teor da última mensagem poderia sugerir.



Fique na paz do Senhor!



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