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Cronicas-->SEQÃœELAS MALIGNAS -- 20/05/2005 - 16:45 (JOÃO BOSCO LOMONACO MENDES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A busca do homem por aquilo que lhe parece bom é definitiva. É o que dizem os filósofos. Porque o bem é a nossa origem e também ele, o bem, o nosso fim. Tendemos para o bem. E se chegamos ao mal, com certeza, é porque vislumbramos algo de bom numa das facetas desse mal em que nos enredamos.
É aquela história da reta intenção. Que sempre nos salva na hora H. E que facilmente descaracteriza uma falta em favor de uma menor pena para o réu.
A reta intenção tem efeito parecido com o da paixão. Que embota completamente a consciência, o raciocínio, levando a um ato falho, de homem. Não ato humano. Portanto, ato irresponsável. Inimputável.
Ira. Susto. Medo. Isto tudo, em demasia, engessa a liberdade. Impede o raciocínio. Projeta do ser humano uma reação inconsciente. Como o som estridente e ferino de uma bigorna atingida pelo malho.
Só que a reta intenção é tranquila. Porque sob as aparências da certeza. De uma certeza falha, porque inexistente o seu fundamento. Mas de uma pseudo certeza que seria verdade. Mas que, enquanto perdura, gera tranquilidade.
Por isto que, ao conhecimento da verdade, que revela o erro em que se incorreu, caindo por terra a reta intenção, não se deve morrer de escrúpulos. Mas simplesmente retificar o rumo da razão e da consciência, no reto caminho da verdade. O passado já se foi. E foi bom enquanto parecia certo. O presente se corrige. E o futuro nos levará por outros caminhos seguros e felizes porque retificados.
A paixão é irrequieta. Insone. Imprudente. Egoísta. Barulhenta. Gera cansaço. Turbulência. Ressaca. Inquietude. Tristeza. Ódio.
É resposta inconsciente de um tiro emocional que nos feriu. Bateu, voltou. Com o mesmo vigor. Com a mesmo intensidade. E anestesia a alma e os sentimentos. Você adquire um torpor inarredável. E a partir dele tudo pode acontecer no seu interior. Sempre a lhe empurrar para baixo. Sempre a lhe deixar num niilismo insuportável. Sabe, aquele negócio de ser pior que a mosca que rodeia o excremento do cavalo do bandido... Pois é... Daí pra baixo...
Mas isto tudo acontece porque nossa inteligência deixou-se enredar por um bem que, de fato, era só um dos aspectos carreados pelo mal. E nele cresceram nossas expectativas. E ficamos cegos em relação às outras facetas. E erramos.
E como é difícil assimilar-se e aceitar-se o erro! Sim. Porque erro pressupõe volta. Retorno. Atraso de vida... Pelo menos em nosso humano e terreno raciocínio.
É bem difícil vencer-se o vício. Até já se lhe dá o status de doença. Pelo menos em alguns casos. Doença que pode contaminar até a família do viciado. Ou adicto.
Tudo porque se buscou, desvairadamente, algo que nos pareceu ser o bem. E não era.
Corrente de terapeutas acha que só há retorno após chegar-se ao fundo do poço. E haja vida e paciência para suportar o estado de co-enfermidade.
Está certo. Devemos obediência aos sábios. Mas se não parece suficiente, nossos antepassados nos ensinaram a recorrer ao sobrenatural. Vamos aos santos!
E ninguém mais santo que Deus. É o Bem em si mesmo. Que nos ensinou a bater na porta que se abrirá. A recorrer à súplica que será atendida.
Erros e paixões também se vencem com oração, penitência e súplica. São remédios que também foram feitos para nós. Indicados pelo próprio Bem. A Palavra Encarnada.


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