Minha Amada Mãe - 02.Maio- 2005 - 01:48
Dona Lia, minha mãe. Uma dos 15 filhos que minha avó teve. A velhinha morreu com a barriga rachada de tanto parir. Mas deixou um legado de amor e dedicação.
Família do Bairro das Chaves, Votorantim, SP. William, Willy, Vilma, Bete, Doroti, Marilene, Léa, Milton, Wilson e ela. Fora os 5 que prematuramente se foram e que não cheguei a conhecer. ( Parênteses para mandar um abraço ao tio William, meu avó Manoel, minha avó Aurora e para a gata Mingata, que hoje moram no céu ).
Dona Lia cresceu e mulher virou. Em uma excursão à Santos,( que era o supra sumo na época ), aconteceu, ou melhor, aconteci. Meu pai, Alcindo, não era flor que se cheirasse.
Uma gravidez inesperada. O que fazer! Aborto! Não, o respeito a Deus e à vida acima de tudo.
Eis que 7 meses depois nasceu aquela coisinha de um quilo e meio que o padre João no batismo classificaria de inocente Wagner ( fiquei um mês na estufa e meu pai até colocou insufilm no berçário para que ninguém me visse ). Bem, 92 quilos a mais e não tão inocente hoje, cá estou para dizer que toda aquela coragem e amor demonstradas após o carnaval de 1969 se transformaram em uma pessoa extremamente grata. E a gratidão é a maior virtude de um homem.
Na fria matemática da vida não sei dizer se dei mais alegrias ou tristezas. Orgulho ou frustração. Talvez essa mesma matemática me adjetive como um perdedor. Na verdade acho que sou um teimoso que teima em ser feliz.
Mas pelo menos sei que há uma velhinha de 59 anos que vive em constante oração por mim, que me ama e me dá todo o carinho do mundo.
Obrigado mãe, por tudo. Obrigado por ter me ensinado a ler e a escrever. Obrigado por ter me defendido quando apanhei no campinho de futebol. Obrigado pelas orações e pelas chineladas. Meus irmãos, Sergio e Gisele, tenho certeza, também pensam o mesmo.
Feliz Dia das Mães. Que Deus lhe abençoe muito.
wagner -
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