CAIR E LEVANTAR
Duro no cair, rápido no levante,
a todo corpo, a toda voz.
Caio, porém sentado, com a mão
no chão da consciência,
ou ponho o joelho em posição
de orar – um descrente em atraso
com Deus.
Reza esquisita faz
quem passa a rir de mim,
um riso sobre-humano
que me torna por engano,
mais gente. E vou sorrir,
também, sem espanto.
Rir
até nas horas da desumanidade,
para humanizar as quedas,
com mais poesia,
mais energia,
mais empatia
por seguir, seguir, seguir
segmentos e desenganos.
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*francisco miguel de moura, escritor brasileiro, mora em Teresina,PI, email: franciscomigueldemoura@superig.com.br
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