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Contos-->O INCENDIO DA ESTAÇÃO DA LUZ E A MORTE DO PADRE -- 27/03/2008 - 13:43 (Elizeu Pires) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Por: ELIZEU PIRES

A cidade de São Paulo sempre teve seus símbolos, mas há alguns anos atrás, a Estação da Luz era um símbolo, marco referencial mais importante da nossa cidade, conhecida mesmo como "SALA DE VISITAS DE SÃO PAULO" Persinagens ilustres e pessoas do povo, "simples mortais", que vinham para cá, obrigatoriamente passavam por aquela estação; isto porque o transporte ferroviário era o melhor meio de locomoção àquela época, e, em alguns casos, até mesmo o único. A Estação da Luz era o ponto de encontro das famílias tradicionais paulistanas. Ali, as reuniões sociais ocorriam e ficaram conhecidas por, também, promoverem casamentos entre os jóvens da alta sociedade na época, que se conheciam nesses encontros.

Na fatídica madrugada do dia seis de novembro de mil novecentos e quarenta e seis, casualmente dois dias antes da absorvição pelo governo federal, da "SÃO PAULO RAILWAY - SPR" a "INGLESA" como era chamada popularmente aquela Companhia Ferroviária, a Estação da Luz foi tomada por um grande incêndio. São Paulo inteira assistiu atônita a distruição parcial, quase total, daquela que ostentava toda a grandeza, orgulho dos paulistanos.

Felizmente não há registro de vítimas, porém, as histórias e os mitos que existem em torno desse episódio são muitos. Nesta minha curta passagem pelas empresas RFFSA, CBTU e CPTM, como ferroviário, emprestei meus ouvidos para contadores de "causos" dos mais diversos tipos. Um deles é conto sobre um padre inglês que morava na torre daquela estação. Esse padre habitualmente rezava missas, benzia os funcionários e fazia todos os ofícios religiosos para o atendimento social e espiritual dos funcionários da "INGLESINHA", termo carinhoso como a SPR - São Paulo Railway Company, era tratada por seus funcionários naqueles tempos. Esse padre era muito querido por todos, tamanha sua bondade. Morava no salão inferior, abaixo ao do relógio da torre, local de dificil acesso. Como o fogo alastrou-se rapidamente e a torre servia de chaminé, sendo ela a mais atingida com as mais altas temperaturas, e, o padre desapareceu, presumiram logo que ele havia morrido e estaria reduzido a cinzas. Desde então, pessoas que tiveram de trabalhar a noite, na Estação da Luz, pressentiram de alguma forma a presença do padre. Algumas delas chegaram até conversar com ele, garantem que obtiveram conforto espiritual através desse diálogo. Jorge Abon Assef, ferroviário inativo, aposentado em mil novecentos e setenta e oito, é uma das pessoas que garante ter visto o padre durante sua jornada de trabalho noturna.

Em mil nevecentos e oitenta e oito, a ANTP - Associação Nacional de Transportes Públicos, promoveu um encontro sobre Sinalização e Telecomunicação Ferroviária, organizada pelo Engº. Edson Wilson de Souza, e realizado no SESC/SESI da Avenida Paulista. Naquela oportunidade resolveram homenagear o patrono das telecomunicações - padre Landel de Moura, inventor do telefone, que posteriormente foi patenteado por Graham Bell.

Através do Dr. Edson Wilson, conheci a família do padre Landel de Moura, o Sr. José Landel e sua esposa dona Rosa, criaturas infinitamente bondosas, dessas que distribuem alegria e felicidade por onde passam. Seu José, emprestou-me uma fotografia antiga do padre Landel de Moura, que a reproduzi no tamanho trinta por quarenta, compondo um painel que ficou exposto durante toda a semana do encontro da ANTP. As pessoas que participaram do evento e que conhecem a história do padre inglês morto no incêndio, afirmam que consegui registrar a sua presença, através da reprodução dessa fotografia do padre Landel de Moura. Particularmente, eu não acredito.
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