O dia de ontem foi particularmente grandioso para esta nação. Foi com muita alegria que percorremos diversos logradouros públicos e pudemos constatar que o povo acorria muito satisfeito em busca de concretizar seu anseio de votar. Só bem à tardinha é que a vida retornou ao seu normal e aí pudemos observar que os aglomerados eram muito extensos, capazes de produzir as habituais vibrações. Era de ver como os humanos estavam rejubilando-se por terem exercido o direito do voto, quais crianças a receberem seus presentes de Natal. Hoje, o dia se apresenta pleno de expectativa pelo resultado das urnas e podemos verificar que nem todos ostentam suas fisionomias alegres como na véspera, pois, onde, de uma pluralidade, se devem colher apenas dois, é altamente frustrador para os que deixaram de acertar nos mais votados.
Mas, voltando ao dia de ontem, queremos acrescentar que aquele velhinho teve seu reconforto atingido e está sentindo-se bem melhor, mesmo porque o seu candidato, tudo leva a crer, está entre os mais votados. Graças a Deus!
Temos informação mais triste para dar: apesar de todo o esforço, não sabemos ainda por que razão não foi possível sufocar rebelião em país vizinho e forças armadas se digladiam sem trégua, como se o objetivo da vida fosse tão-somente guerrear para obter o poder indivisível. No mais, as equipes socorristas estão em atividade normal, calejadas que são no amparo dos necessitados e no socorro às vítimas indefesas do vício e do crime.
Ainda agora, recebemos a recomendação de comentar os sucessos de ontem do ponto de vista moral. É que muitos estavam desejosos de ganhos pessoais através do voto, uma vez que se acostumaram a, em tudo, levar vantagens. Eis que grande decepção os aguarda, pois, sem margem a dúvida, somos de opinião que nenhum governo do mundo, em época alguma, jamais pôde ou poderá oferecer a cada membro da população, regalias pessoais que venham a trazer progressos nas esferas individuais, sem que haja muito trabalho repartido por todos. Esse aspecto é deveras lamentável, quando percebíamos que muitos estavam realizando o ato de votar com a segurança de ato de puro valor cívico-patriótico. É pena que haja tanta incompreensão e ignorância.
Esperamos que o próximo governo ache modo de atenuar o sofrimento do comum da população e propicie à maioria, meios educativos que venham a resultar em mais luz e mais discernimento. Essas pessoas, coitadas, não saberão como encarar as diretrizes que, por certo, os novos governantes implementarão em seus atos de governo e repudiarão a própria ação de votar, em desesperança acrescida da dor da desilusão. Teremos para com esses indivíduos o máximo de trabalho que pudermos oferecer e pretendemos atenuar os efeitos do pessimismo que grassará no íntimo de muitos corações. Eis que se dá a nós a oportunidade de mais trabalho, onerado pois não exigido, pela reconstituição que, esperava-se, cada um realizasse em sua vida. Quem sabe, em futuro não distante, tenhamos à nossa disposição outros recursos socorristas que ainda não experimentamos e possamos dar andamento ao trabalho, com mais eficiência e aproveitamento?!
Não queremos estender-nos no trato desta matéria, que diz mais respeito a nós mesmos, mas fique o alerta, para que quantos possam ajudar o façam, reconhecendo o mal onde se alojar e pedindo, em fervorosas preces, o concurso dos espíritos de luz que estejam de plantão, à disposição para o auxílio solidário.
Que a fé no Senhor brilhe nos corações e que se mantenham bem atentos para não cair nesse mesmo embaraço que, qual traiçoeira armadilha, se situa na passagem de quantos sintam a frustração de não verem eleitos os seus candidatos.
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