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Poesias-->BOTÃO DE ROSA -- 08/12/2008 - 01:04 (João Ferreira) |
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BOTÃO DE ROSA
Jan Muá
Brasília, 7 de dezembro de 2008
Roça-me nas veias a pequenez do mundo
Ela toca meu sangue
Como se fosse uma verdade biológica
fundamental
É diminuto o espaço à minha disposição
Para o jogo com o tempo curto que invade a janela de meus desejos
Na escala das instâncias
De meu coração
Há espaços carentes e negados
Num mundo onde falta
A arte de amar
Onde a carência é o rosto comum das ruas
Onde um movimento de xadrez percorre a vida dos homens
Na troca rotineira das pedras comuns do tabuleiro
Restam aos humanos as asas da fantasia
E nelas a extrema vontade de viver
E de poder
Inata e peregrina
Com todos os alertas de Zaratustra
Pregador e Profeta
De cuja boca se desprendeu um signo de vida
A decodificar
Intimamente simbolizado
Num misterioso botão colorido
De uma rosa
A desabrochar!
Jan Muá
Brasília, 7 de dezembro de 2008 |
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