ANTICRISTO VERSUS ANTIDEMÕNIO
(por Domingos Oliveira Medeiros)


É impressionante como certas pessoas perdem tempo, lendo uma série de bobagens, para depois, não se sabe com que propósito, tentar denegrir a imagem de Cristo e, como de resto, incentivando a descrença no sobrenatural, no divino, sem, diga-se de passagem, acrescentar algo no seu lugar, que possa indicar o verdadeiro sentido desta nossa vida terrena. Parece que se dedicaram, apenas, ao descrédito;sem convencer acerca do passado, do presente e do futguro.

Como se o mundo fosse uma coisa simples. Nascer, acreditar em horóscopos, viver “intensamente”, quando pode, e morrer. Mundo sem graça, por certo, seria este. Não precisaríamos nos preocuparmos com o futuro. Tudo estaria, na lógica desta pessoas, sob a fatalidade. Sobre um determinismo inviolável. Imutável.


E o pior de tudo: determinismo baseado, vejam só, em “profetas famosos”. Gente que parou no tempo, com certeza. Que usam argumentos, para tentar sustentar suas “teses”, do tipo “sétimo mês”, que estariam explicitado na “ Centúria X, Quadra 72 do profeta francês Michel de Nostradamus.

Não acreditam em Cristo, apesar dos registros e dos relatos de mais de dois mil anos passados, mas dão crédito aos profetas mais recentes, como Nostradamus, nascido em dezembro de 1503, a quem tecem elogios e ficam fascinados com suas previsões.

Esquecem que a criatividade e a capacidade inventiva do homem é muito grande; e pode confundir realidade com ficção. É o caso, por exemplo, de Leonardo da Vinci, com sua obra “A Viagem á Lua”, muito antes de que a humanidade pudesse atingir o nível tecnológico adequado para tornar aquele sonho realidade.

Semelhante aos escritos de Júlio Verni, como foi sua fabulosa obra “A Volta ao Mundo em 80 Dias”.

Falar de Centúrias X, Quadras numeradas, astros e signos, só tem cabimento no mundo dos sonhos. Jamais para validar teoria tão despropositada como a de que “Não há confirmação irrefutável de que o homem Jesus tenha vivido”, segundo um tal de Robert Funk, que seria membro de uma “organização internacional, centrada nos Estados Unidos,que reúne cerca de uma centena de acadêmicos e estudiosos da Bíblia”.

Será que só esta organização possui estudiosos da Bíblia? E só eles estariam com a razão? Pura piada de mal gosto! E tem gente que acredita.

Com que autoridade este pobre ser humano , de nome Robert, pode ter a pretensão de afirmar tamanho absurdo? Nem o Faustão acreditaria nele. Nem os piores programas de televisão teriam a coragem de entrevistar este elemento. Correriam o risco de perder a concessão e a audiência. E que diriam, a respeito, os cientistas do mundo todo? Ficariam calados diante de fatos tão “irrefutáveis”?

Vejam a fragilidade de um dos argumentos usados por estes “estudiosos”:
“É lógico que as Quadras inspiradamente escritas pelo profeta são enigmáticas e, às vezes, profundamente obscuras; um reflexo da própria repressão gerada pela Santa Inquisição durante toda a Idade Média.” Insistem em colocar as dúvidas sobre a culpa da Igreja. Mas não admitem falar sobre quem estaria por detrás de tudo isto: ele, ol coisa ruim.

E acreditam também, numa tal de Jane Dixon, “que foi considerada uma das mais importantes profetisas do século XX”. Que, segundo estes estudiosos, teria dito: "Em 1999 uma cruz aparecerá nos céus orientais e a humanidade será chamada a prestar contas". Será que ela estaria fazendo referência à dívida do Brasil para com o FMI?


Outro “iluminado”, teria sido um tal de Benjamin Solari Parravicini. Um argentino, nascido no início do século XX, católico. Segundo os “entendidos”, astrólogos, videntes e profetas do imaginário, ele “recebia mensagens a qualquer hora e as escrevia sem entender de onde vinham”. Interessante. De onde vinham, aqui, parece que não tem a menor importância. Um mero detalhe. O importante, tudo indica, é encher os ouvidos de histórias.

E toda a farsa caminha nesta direção: denegrir a imagem dos que têm fé. Dos que acreditam nos escritos deixados pelos Apóstolos. E que servem de base para a crença de mais de noventa e nove por cento da população mundial. Sob vários cultos. Mas, todos, na mesma direção: Deus, ou a Verdade Única, ou Amor, na acepção ampla do termo, como queiram.

Francamente, não acredito que ainda existam pessoas que possam acreditar nos “cem” especialistas que estudam a Bíblia, deixando de lado a crença de bilhões de pessoas que, segundo os citados ateus, seriam os bobos da corte. Eles, a minoria, sem consistência de argumentação e sem propósito positivo, seriam os únicos que estariam com a razão: Jesus não existiria. E, sendo assim, por extensão, também seriam falsos a fraternidade, o amor, a compaixão, a Verdade única.

E como ficaríamos, cá na terra, nós, pobres mortais? Aguardando a realização de novas profecias? Sem amar o próximo, como Jesus nos ensinou? Francamente!....Só estando a serviço do demônio.

08 de outubro de 2003