MISTERIOSA
Flor vermelha, cerrado
Por quê tão vermelha misteriosa...?
Imponente, em tuas matrizes.
Arrastas-te, grudada em terra árida
Solo cinza a embelezar, tórrido cerrado,
Artistas aos teus pés, na tentativa, de transpor sem êxito
A matiz de tua beleza.
Obra-prima do criador, no goiano sertão brasileiro.
Flor vermelha, força e fragilidade.
Nobre, plebéia.
Rainha do cerrado, encanto para os menos afortunados.
Lua e sol, solo a contemplar sua existência.
Pobre poeta, curvo-me em louvor.
Tanto tempo se passou, longe de meus olhos.
Trago-te no peito, com a lucidez de toda a tua
Harmonia e majestade de ser.
Flor vermelha, misteriosa...
“Caliandra”, tens nome, és nobre, és do cerrado
a se firmar neste sertão “goianeiro” .
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