para nao te amar eu tanta força faço
para nao viver o medo de perder-te,
para nao lembrar por medo de esquecer-te,
para nao caçar-te, mas com medo caço.
medo da fera que vejo embutida
nesse cordeiro que aparentas ser,
nessa sua taradeza que nao posso conter;
nessa sua inquietude meio indefinida.
para nao te amar escapa do meu peito
todo o calor que nao encontra um jeito
de buscar outro para me aquecer.
para nao te amar eu tanta força faço,
que acabo presa no meu próprio laço,
de nó tão cego que me faz morrer.
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