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| Poesias-->Inconstância da Imutável Solidão -- 26/11/2008 - 09:16 (Agostinho M. da Costa) |
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Na inconstância dos meus versos
Atino para os reveses
Constância nas ilusões
Que fez bem ao coração
No encontro de corpos
Sob a relva, na areia, nos leitos!
Nos aconchegos de dizer que amo
Nos sussurros da madrugada
Ouço da solidão a cobrança
De não ter mais um sorriso
E no desejo da boca
Não sentir o sabor de um longo beijo...
No reflexo do espelho as mágoas são companheiras
A lua e as estrelas já não são mais alvissareiras
Perderam o brilho nos olhos
O amor é inconstante
Quando foi e com quem o último beijo?
Talvez no outono matando o desejo?
No inverno ou no verão
Que me importa lembranças
Vivendo sozinho?
Não tenho um peito pra aconchegar meu vazio
Onde o frio primaveril
Solfeja com a brisa
Uma dor no coração
Estigma da vida
Sem acenos de lenços brancos
Indo embora na partida
Lacrimejando os sentimentos
Aborrecendo os pensamentos
Em pânico!
Cansado dos ombros da tristeza
Que faz uma constante
Essa imutável solidão...
Fim.
Sabe? |
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