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cronicas-->A ECOLOGIA DO COTIDIANO -- 08/11/2000 - 17:34 (Márcio Filgueiras de Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
" Que o homem seja nobre, prestativo e bom; pois só essas qualidades o distinguem de todos os seres que conhecemos". Goeth


A ecologia do cotidiano

A ecologia trata da relação dos seres vivos com o seu ambiente. Qual é a relação ideal dos seres com os seus filhotes ? Alguns já nascem prontos e são abandonados pelos pais à própria sorte, assim que nascem. O filhote do humano nasce nu e desprotegido e precisa ser cuidado, por muitos anos, para sobreviver. Assim surgiu a pedagogia. Como cuidar e educar nossos filhos para que sobrevivam e até mais importante que isso para que sejam futuramente adultos felizes e realizados, plenos em saúde física e mental, integrados e partícipes de uma sociedade justa, habitando e contribuindo para um planeta em harmonia.

Em torno do filósofo austríaco Rudolf Steiner, que viveu do final do século XIX ao começo do século XX, reuniram-se especialistas de diversas áreas. Foram criadas diversas especialidades baseados ou orientados pelo filósofo. Assim surgiu a Pedagogia Waldorf, muito difundida na Europa e EUA. No Brasil orienta 12 colégios, inclusive um em Belo Horizonte.

Reproduzindo, para reflexão, alguns de seus conceitos: " A criança pequena percebe o ambiente e o vivência como uma extensão do seu corpo. Se o ambiente é hígido (saudável) e belo, se nele se geram pensamentos verídicos, então brotam na criança forças promotoras da saúde, e ela se desenvolve bem e atinge sua forma própria e adequada". Em oposição um ambiente desarmónico, onde a bondade, a beleza e a justiça não seja vivenciado, onde não se sinta o aconchego, o acolhimento e a verdade nas relações, leva a feridas permanentes nas almas infantis. É importante para pais e educadores a consciência de que as impressões do ambiente vão penetrar, impregnando desde a alma até o físico destas crianças.

Steiner disse sobre a importància da educação: "nunca mais poderá ser corrigido o que os educadores (pais e professores) tiverem deixado de realizar, antes que a criança complete sete anos. Antes do nascimento, a natureza cria o ambiente adequado para o corpo físico humano; do mesmo modo, cabe ao educador cuidar do ambiente físico adequado, após o nascimento".

As palavras imitação e exemplo são as fórmulas mágicas que indicam como a criança se relaciona com o seu ambiente. A criança imita tudo o que se passa no ambiente físico. Deste ambiente faz parte desde o que existe materialmente ao redor da criança, gerando conforto, beleza, segurança, mas principalmente o que se passa no ambiente. O que a criança vivencia de coerência ou incoerência, de verdade ou mentira, de amor ou violência, de calma ou de raiva, de atos morais e éticos ou imorais, de atos sensatos ou tolos. Tudo isto ajuda a forjar nossos filhos. "Não são os discursos moralizantes, nem os ensinamentos racionais, que agem sobre a criança, mas aquilo que os adultos fazem diante de seus olhos". Jean Paul em um livro de pedagogia diz que: "Alguém que tenha viajado o mundo todo, aprendeu mais de sua ama, nos primeiros anos de vida, do que em todas as suas viagens ao redor do mundo".

Um conceito muito simples, mas de grande utilidade em nossos dia é o da autoridade amada. A autoridade natural e esperada em relação a pais e professores. A autoridade que no início é imposta e gradativamente é compactuada. O certo é que sem autoridade que lhe balize os limites nossos jovens se sentem perdidos, desamparados e não amados.

A Pedagogia Waldorf diz que na primeira fase ou primeiro setênio da vida, (até a época da troca dos dentes), a criança necessita do lar como um segundo útero. Este ambiente acolhedor e amoroso lhe dá plena condição de crescimento e desenvolvimento anímico e físico. Vivencia assim a bondade. O segundo setênio, momento propício ao início de, um mais firme desenvolver intelectual, termina com o início da adolescência. Aí sua capacidade de sentir e amar se desabrocha e ele vivência a beleza. No terceiro setênio desenvolve-se mais ainda o intelecto, a capacidade crítica, terminando com a plena maturidade aos 21 anos. Vivenciando aí a justiça. Caminhando para a maturidade (21 anos) plena e ecologicamente inserido no mundo.

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MINHA SUGESTÃO DE PRÓXIMA CRÓNICA A LER:

"O Poder das Palavras"
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