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Artigos-->32. SOBRE O MATRIMÔNIO — HOMERO -- 21/11/2002 - 06:32 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Entre os objetivos humanos, existe um de fundamental importância que seja concretizado: o amor que leva dois seres a se unirem em matrimônio, para que seus destinos sejam um único, durante a passagem de seus anos de ventura ou de desgraça sobre a face da Terra. No geral dos humanos, entretanto, tal amor não chega a realizar-se, pois são inúmeros os percalços que se põem à frente dos cônjuges, que, muitas vezes, se sentem fracos e apavorados, se desarvoram e são tragados por ilusões ou ideais de vida sem conteúdo ideológico coerente com os princípios necessários para a concretização eficaz e profícua do amor conjugal.



Ontem estivemos em visita a casal em litígio. Com tristeza pudemos presenciar cenas de ciúmes, acusações de adultério infundadas, socos e pontapés, em furor e em ira; rancor que, antes amordaçado, agora, aos berros e denúncias, saía em forma de palavras de baixo calão e de vilipêndios horríveis, chegando a beirar os casos de insanidade mais insólita.



Nesse lar desfeito, jazia por terra, aos prantos, entidade ainda criança, sem compreender o que se passava, mas que recebia fundo os golpes desferidos pelos pais, em sua alucinada discussão. Mais tarde, essa criança não terá equilíbrio suficiente para manter laços de amoroso afeto para com alguma criatura que queira jungir suas vidas, atrelando-as a carro comum, no interesse da constituição de família harmoniosa, que possa dar guarida a espíritos necessitados de lar estável, para darem seqüência às realizações convenientes para a sua evolução no plano espiritual. Quem será responsabilizado pelo desamor que essa criança terá em relação ao cônjuge, uma vez que foi ensinada a odiar, ao invés de amar? Seus pais, que não sabem o carma e os sacrifícios que estão a adquirir, diante da necessidade de cumprir aquele princípio de vida a que fizemos referência no início, o amor conjugal.



Estes não mais terão oportunidade de restabelecer os seus liames conjugais e estão fadados, por atitudes de extremismo, a seguir caminhos diferentes. Talvez venham a constituir novos lares, unindo-se a seres melhor adaptados às suas mentes e aos seus procedimentos, contudo, restará débito a ser saldado, quando do sopesar de seus atos, após o desenlace. É preciso considerar a facticidade dos atos, sua oportunidade e a necessidade de reatamento dos vínculos destruídos, para que possa vir a reorganizar-se em harmonia o plano inicial de vida. Caso não possam vir a reconciliarem-se, aí terão muito mais que preencher em forma de necessidades básicas a serem cumpridas durante sua próxima encarnação, na qual terão de superar situações de litígio, uma vez que um tem para com o outro mágoas e sentimentos de contrariedade, causados pela dor e pelo rompimento das promessas feitas ao pé do altar e diante do juiz de paz.



Queremos acrescentar que não se trata, neste caso, de compromisso efetivado em nenhuma dessas situações, pois o casal em pauta se uniu simplesmente, sem o consentimento formal da sociedade ou de qualquer religião; mas, nem por isso, tais compromissos deixam de ter valor, pois o casamento, na verdade, se dá quando os indivíduos se unem perante Deus, representado na natureza pelos anseios que cada um de nós tem de construir lar onde, instintivamente, pretende criar os filhos, para o que o amor conjugal entra como fundamento moral e espiritual da emoção.



Não se vejam nestas palavras estímulos para acertos sexuais aleatórios. Jamais iríamos incentivar atitudes que visassem a desfazer a necessidade mais natural do ser encarnado, que é a de viver em família, onde cada um adquire sua responsabilidade e tem sua função precípua. Mas estamos a sugerir que os nubentes, ao firmarem seu compromisso, o façam seguros de seu desejo de constituir família, segundo as normas estabelecidas pelo Senhor e não pelos baixos impulsos de satisfação pessoal, quer no que diz respeito aos aspectos físicos, quer, principalmente, no que se refere aos aspectos financeiros, políticos ou religiosos, pois muitas uniões se dão entre magnatas, entre poderosos ou entre irmãos da mesma religião, tão-somente no intuito de se verem consolidadas as posições que ocupam as famílias em questão.



Hoje, podemos distinguir, com muita clareza, quando existem intervenções de tal ordem, pois a liberalidade social é tamanha que não existe jovem que não saiba, com exatidão, as intenções dos que os conduzem a unirem-se em matrimônio. É a melhor maneira de fazê-lo, pois podem medir com rigor seus mananciais de forças e de espiritualidade, podendo escolher, com liberdade, o companheiro mais condizente com seus atributos e personalidades. Mais tarde, se, por acaso, e isto existe, se verificar engano admissível, deverá desfazer-se a união, evitando-se, o quanto possível, os desajustes de ordem emocional que possam levar a atitudes irreprimíveis de mútuas acusações, que venham a camuflar o verdadeiro deslize: a falta de energia e de vigor na manutenção de casamento que pecou na falha de origem, quando da escolha do companheiro. Se assim se fizer, teremos famílias mais estáveis e não teremos conflitos como o verificado ontem, podendo-se dar às inocentes vítimas das separações amparo mais solidário com suas necessidades emocionais e psicológicas. De resto, é preferível acertar na escolha e manter o casal unido em torno do amor conjugal, que servirá de esteio para a manutenção de lares felizes e prósperos.



Assim ajam, jovens irmãos, em face do casamento, para que possam vir a ser felizes e, mais ainda, dignos de realizações maiores no campo do desenvolvimento espiritual. Elevemos prece ao Senhor e solicitemos a intervenção das equipes de apoio, que poderão estabelecer momentos de magnetismo, para que os jovens possam convencer-se da verdade de seu amor e tomar a decisão mais sábia, que deverá perdurar pelo restante de suas vidas. Uma forma comum é pedir a Santo Antônio, santo casamenteiro, pois as entidades que responderem a estes pedidos estarão aptas, em nome do Senhor, a propiciar aos nubentes aquela influenciação necessária, para que suas mentes fiquem bem esclarecidas no momento da decisão. Ainda assim, não será fácil decidir-se, se a pessoa não estiver convencida de que sua aspiração está sendo baseada na própria vinculação do indivíduo à espécie que pertence, através dos atributos necessários e suficientes para perceber que a escolha se dá em função dos sentimentos do amor, do respeito e da compreensão mútuos.



Ainda uma última palavra. Não se deve decidir em cima da hora: é preciso período de adaptação, para que os indivíduos possam conhecer-se melhor. Sábios, pois, os homens, quando inventaram o período de namoro, quando as emoções são superficiais e temerosas, e o de noivado, quando mais intensamente batem os corações, se verdadeiramente estiverem ligados entre si. Com o tempo, o sentimento se consolida e a família poderá ser constituída. Isto que estamos a dizer é o comum e a todos não é dado desconhecer. Não estamos dizendo nenhuma novidade. Entretanto, ficou-nos profundamente gravada a cena de ontem e isto nos abalou a especular sobre o assunto e a alertar, em campo de mui difícil aconselhamento, os casais que nos lerem, a terem consciência da importância de uniões corretas para o desenvolvimento espiritual, que irá refletir-se, iniludivelmente, na vida pós-túmulo. Sendo assim, empenhemo-nos por estar certos no momento da decisão, pois outros espíritos existem que são fatalmente incluídos ou excluídos e é essa justamente a responsabilidade de quem se comprometa em seguir com a vida na companhia da pessoa a quem deve apresentar-se limpo e puro, no aspecto do sentimento conjugal. Não importam as ligações anteriores; o que se requer ao nubente é sinceridade de intenções que possa vir a consolidar união inteiramente fundamentada e sacramentada no amor.



Ainda teríamos outros conceitos a incrementar a este texto, mas devemos reconhecer que está muito extenso, impróprio para quem se encontre apaixonado ou em vias de escolher o seu parceiro. Deste modo, deixemos de cerimônias e encerremos, fazendo votos de que cenas de separação como a que presenciamos ontem não se repitam com freqüência e os homens possam constituir sociedade mais equilibrada, com base em casamentos duradouros e férteis.



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