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Contos-->A divertida História de uma letra sem som -- 05/02/2008 - 22:55 (Heleida Nobrega Metello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A divertida História de uma letra sem som



Num reino muito distante existia uma floresta onde o gato selvagem dividia o lanche com o rato das cavernas; a formiga brincava de fazer cócegas no tamanduá; o leão descansava enquanto a leoa ia à caça; o macaco descascava a banana com os pés e jogava a casca na terra para ver o elefante escorregar...

No meio dessa floresta vivia uma letra tão linda e elegante quanto triste e solitária. Muito triste, porque não tinha nenhum som. Andava e andava para um lado e para o outro, quando uma letra pequenina pegou-lhe pelas mãos e juntas começaram a cantarolar.

Logo adiante, próximo da lagoa onde o sapo dava um laço no cipó, as duas, com ar bem matreiro roubaram o laço e continuaram a cantarolar. Furioso, o sapo esbugalhou os olhos, pronto para desmanchar o laço, mas uma minhoca que passeava sobre a terra fez-lhe cócegas nos pés até o sapo explodir de tanto rir.

O trio que continuava cantarolando, abraçou a minhoca que se enrolou toda de felicidade e pôs-se a dançar. A primeira delas, estava encantada com os sons que emergiam da junção e que ecoavam em meio às suas curvas.

O quarteto cantava e cantava, enquanto as folhas davam-lhe passagem. De repente, trombaram numa pequena árvore, porém, de tronco absolutamente ereto, com um pingo sobre seu último galho. Acharam graça no seu porte, uma vez que todas se pareciam mais com rococós. E charmosas, como qualquer rococó, não foi difícil enlaçar aquela figura que mais parecia um sol a pino.

A última aquisição tinha um som diferente das demais. Parecia mais uma linha divisória entre o que já tinha e o que estava por vir. O eco não era mais o mesmo, mas mesmo assim agradava aquela letra já não tão solitária, sem som.

Distraídas, sequer perceberam a abelha com as patas presas no mel até que uma delas que sobrevoava por ali, picou a base do tronco da árvore. Ela deu um berro e caiu sobre um ganso desengonçado de cabeça para baixo. De barriga jogada para a esquerda, juntou-se às outras seis que seguiram cantarolando, engasgando na esquisita barriga do ganso.

O ganso, todo atrapalhado não queria ficar por último e no momento em que viu um porco espinho, todo redondinho com um pequeno rabinho, tirou-lhe os espinhos e o arrastou por toda a floresta num canto sem fim.

A letra H que seguia só e sem nenhum som, vivia agora em companhia das outras, enlaçadas pela delicadeza do l, divididas pela retidão do i e se abrindo feliz para o mundo através das exclamações da pequena e sedutora letra a...

Essa história é tão verdadeira quanto o chão da floresta que se movia diante da alegria do encontro das letras para finalmente firmar o som do nome - Heleida - que ecoa em minha alma desde o batizado, durante um banho salgado.

E quem não acreditar que se transforme na formiga que passava lentamente sob as imensas patas do elefante enfurecido com o macaco que havia jogado casca da banana no chão...


HeleidaNobrega, 2008


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