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Poesias-->Gente Como A Gente? (As Favoritas Da Sala De Jantar) -- 10/11/2008 - 18:31 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:130952222497583600
As criaturas do inferno

Aprenderam a gostar

De sofrer. E querem

Companhia. E acham

Natural esse modo

Sadomazoquista de ser.



Para as criaturas do inferno

A ambrósia está em fazer-se

E fazer padecer. A mala da

Culpa, o vício vai renascer.



Todo dia é dia de Donatela

Flora, Cibele, Lara, Orlandinho

Halley e Augusto César. Todo

Dia é dia de baixaria. Eles

Estão com a vida ganha

Senhor. Padecer prejuízos

Até o dia do juízo é o dom

Deles, natural. Companhia

Para minhas tias, parentes

E descendentes diretos desse

Mal.



As criaturas do inferno

Doutoradas em padecer

Não têm outro objetivo na

Vida exceto sofrer e fazer

Sofrer. Comer, beber, cair

E levantar. Ninguém acha

Essa vida estranha? Viver

Pra alimentar todas essas

Manhas, viver o fel dessas

Entranhas do café da manhã

Ao lanche do anoitecer.



As criaturas do inferno

Programadas pelo salário

Comem, bebem, urinam

Defecam, como máquinas

Orgânicas procriam, as

Fêmeas saturnais querem

É mais e mais companhia

Nos ambientes maternais

Neles ninguém cresce

Exceto os fetos das grávidas

Que depois de nove meses

Suportando esses revezes

Nascem também infernais.



“O inferno são os outros”

No dizer do filósofo Sartre

Os demônios procriam em

Surtos psicóticos como os

Demais. Em todos os

Lugares globalizados

Pelas artes malasartes

Dos produtores globais.



A mim que não sei de nada

Dá-me senhor, a poesia do

Dia a dia nessas estradas

Vicinais. Mantém-me

Distante dessas criaturas

Infernais chegadas ao

Desperta a dor, reclamam

Todos os dias os anões, os

Joãozinhos e as marias. Faça

Sol frio ou calor, há sempre

Um motivo árido pra justificar

Sua boca torta, seus atavismos

Sapiens. A demência de suas

Raivas, ressentimentos, rancor.



As crias crescem e logo aprendem

Na coleira do torpor, a terem medo

Da vida a terem medo do amor

Almejam a aposentadoria garantida

Esse é seu único valor. Como se

Viver não fosse nada mais que ser

Ator, nos concursos públicos está

A garantia da vaga atrás da mesa

De burocratas da cerveja almejam

O fim do expediente nas salas das

Secretarias, câmaras e assembléias

Pisando em ovos sobre o solo

Forrado do tapete voador.



Têm por vergonha maior

O voto de cabresto por

Companhia. Na urna municipal

Fomentam nas escolas a educação

De vadias para o látego, o tráfico

E na cama dos motéis

Proporcionar-lhes alegrias.

Alegrias.



O cinismo e o deboche

Tomaram conta de tudo

No inferno ninguém fala

Sério. Chamar de cidade

Verde esse deserto seco

É simplesmente absurdo.

A lei do silêncio impera

Como se o salário, essa

Fera, fosse pano de boca

Do funcionalismo público.



A vida dos demônios está

Ganha, Senhor, faça frio,

Sombra, sol, chuva ou calor

O vento não refresca, as mãos

Estão sujas de sangue dos que

Caem nos sinais de trânsito

Vítimas das refregas. O pão

Precisa ser ganho pelos

Desempregados, pelas vítimas

Que não têm salários de músicos

Mas têm famílias a sustentar

E não foram educados nas

Escolas dos concursos públicos.



No inferno não há culpados

São todos um bando de pagãos

Inocentes com suas bocas sem

Dentes mastigam os dias úteis

Da semana na expectativa do

Globo Esporte no Domingão

Enquanto as mulheres procriam

No fuque-fuque vadio enchendo

A boca do balão. Algumas

Chamam a isso de amar

Produzir bonecos para o

Consumo do fisco aumentar

A produção de insumos,

Cigarros, cervejas, merda

Urina, produtos do supermercado

Que a votação nos políticos

Precisa continuar. E as descargas

No sanitário se renovam. Até o

Próximo dia de votar.

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