A Alma da Gente
A alma que acalma,
A calma da alma.
Da gente que sente.
Da gente que vê.
Da gente que sofre,
E não sabe por quê.
A alma vencida,
Da luta renhida.
Na busca infundida.
Do alvo alquebrado
Do seu coração...
Despedaçado.
Do mundo sozinho,
Na alma da gente.
De ombro curvado,
Trazendo na mente
O sonho do ninho...
Mas nunca alcançado!
Semblante incógnito,
Do olhar desvairado.
Na boca um grito
Perdido na noite.
Chamando o desdito
Sofrendo o açoite.
Sossega ó alma!
Flutue no inconsciente.
Trabalhe na calma,
Para ser consistente.
A vida é bela.
A morte é singela.
O amor é que revela
A alma da gente.
Ester Endo
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