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Artigos-->A nova Biblioteca de Alexandria -- 19/11/2002 - 23:36 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A NOVA BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA



Francisco Miguel de Moura *





Quando se adentra uma biblioteca deve-se ir com reverência, com o espírito de quem procura um templo – o templo do conhecimento.

Dentre as bibliotecas antigas, faço mais uma referência. É que quase ao mesmo tempo em que era organizada a velha Biblioteca de Alexandria, o rei anatólio Átalo I, cuja obra foi continuada pelo seu sucessor, Êumenes II, inaugurava também uma biblioteca de pergaminhos, na cidade de Pérgamo, cuja instituição transformou o pequeno reino da Anatólia no último refúgio da cultura helênica, segundo famoso historiador inglês. Mas, na Grécia antiga, a primeira biblioteca pública de que se tem notícia, data do século VI a.C. Para formá-la foram coligidas muitas obras, especialmente as de Homero. Sabe-se, por fim, que desde os tempos heróicos de Cadmo, o fundador de Tebas e divulgador do alfabeto, existiram outras bibliotecas como a de Samos – levada depois por Xerxes para a Pérsia, no reinício das Guerras Médicas, e de volta para a Grécia (Atenas), no séc. II, pelo Imperador Adriano.

Lembrando que num artigo anterior já registrei os principais dados sobre a famosa e antiga Biblioteca de Alexandria, fundada no Egito há mais 22 séculos, na época de Ptolomeu Sóter – agora posso comentar a importância da nova Biblioteca de Alexandria. Eis que nos alegramos com a notícia de que o Egito ressuscita a antiga Biblioteca de Alexandria. A notícia foi tão bem escrita que achamos por bem transcrevê-la tal como está na revista VEJA, de 23 de outubro do corrente ano:

“A célebre Biblioteca de Alexandria, tida como um dos mais importantes centros de conhecimento da história da humanidade, foi destruída por uma série de incêndios em 48 a. C., 350 anos depois de ter sido edificada. Na última quarta-feira, o Egito inaugurou uma nova versão da biblioteca, construída às margens do Mediterrâneo, num local próximo àquele onde arqueólogos acreditam que ficava a antiga biblioteca. Foram necessárias duas décadas para a concretização do projeto, orçado em 230 milhões de dólares e bancado com a ajuda de vários países. A captação de recursos foi coordenada pela UNESCO, o órgão cultural da ONU. Houve uma concorrência internacional para a escolha do projeto, vencida por um escritório norueguês de arquitetura. O resultado é um prédio 85 mil metros quadrados que pode ser classificado, sem exagero, como faraônico. São onze andares em forma de cilindro, com um salão de leitura capaz de abrigar 2.000 pessoas. Apesar do tamanho, a nova biblioteca está longe do prestígio da antecessora, que concentrava em 700.000 papiros praticamente todo o conhecimento produzido até então. O prédio abriga, por enquanto, 240.000 volumes. Para efeito de comparação, a Biblioteca do Congresso Americano tem 18 milhões de volumes. O acervo tem, no entanto, preciosidades como o único papiro remanescente da biblioteca original.”

No suplemento “Das Artes das Letras”, do jornal “Primeiro de Janeiro”, Porto – Portugal, edição de 4 de novembro de 2002, há uma matéria de contracapa, ilustrada com belas fotos, e minuciosa com relação à arquitetura, a qual finaliza assim: “A parede de granito maciço, sem janelas e voltada para o sul, traz gravadas letras de quase todos os alfabetos do mundo, numa promessa silenciosa de promover a diversidade, a cultura e o aprendizado sem restrições.”

Acreditamos que nem todos os nossos leitores têm conhecimento dos seguintes termos acima falados: “Papiro” – uma planta em cujas folhas antigamente se escrevia; e “pergaminho” – a pele de carneiro, ovelha ou cordeiro, preparada com alume e especialmente destinada à escrita daquilo que se queria conservar por muito tempo.

Na antiguidade, antes da invenção do papel, não era mole ser escritor ou copista. Os intelectuais da escrita sofriam. E pensar que hoje gastamos tanto papel em vão, rasgamos, poluímos, estragamos! Por outro lado, nem se considera, muitas vezes, a existência desses tesouros que são os livros, jornais e revistas que estão à nossa disposição nas bibliotecas modernas.

Finalmente, um lembrete para quem viajar pelo Egito: não deixe de visitar a Nova Biblioteca de Alexandria, mesmo que não tenha tempo de fazer nenhuma consulta; saiba que lá não existem apenas as pirâmides; há muito mais; é bom não desperdiçar o tempo.



__________________________

* Francisco Miguel de Moura é escritor, membro da APL e do Conselho Estadual de Cultura (e-mail: franciscomiguelmoura@ig.com.br, e site: www.usinadeletras.com.br)

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