Corro por caminhos que sonhei e pelos que ainda irei sonhar.
Sou um pássaro de asas abertas que sempre deseja a liberdade de lutar, de amar, de não olhar para trás, e de saber que aprendi com o meu pai adotivo que “para frente é que se anda”.
Sou leão nas minhas fortalezas, e sinto-me rei.
Domino o meu espaço, conquisto amigos e amigas e saio da minha solidão.
Ando e vago em linhas que escrevo todos os dias.
Escrevo versos que embeleza minha vida que junto a outras vidas formam esses universos lindos de cores e de belezas.
Canto e choro. Corro e levo topada; escorrego e de pé mais uma vez continuo a caminhar.
Como seria a vida sem esses contrastes que me faz chorar e sorrir... Seria desolação total, e não haveria ninguém para eu conversar e amar.
Ah! Como é bom viver!
Preciso de versos que acalentem o mundo, e faça sumir a desgraça, a maldição, e que eu possa ver as crianças sorrirem.
Somos e vamos ser sempre eternas crianças!
As crianças são infinitas: não guardam mágoas; não tem ódio; não são inimigas; não traçam planos funestos para matar nem para derrubar o outro amiguinho; e não desejam o poder.
Mas para tudo isso é preciso ser um deus; é preciso ser mais que humano; é preciso ser imagem e semelhança de Deus; é preciso ser o espaço sempre aberto para as novas concepções e fazer valê-las no espaço em que vives.
É preciso voar sem ter asas e encontrar-se com o infinito e ser só uma pessoa, eternizando-se com o Eterno.
Para quem deseja ser infinito à morte não é o final. A morte é apenas uma passagem para a eternidade.