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Textos_Religiosos-->TJN - 004 = A Religião Científica do Novo Milénio -- 14/09/2007 - 06:59 (TERTÚLIA JN) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A RELIGIÃO CIENTÍFICA DO NOVO MILÉNIO

O estádio a que chegou o intelecto humano exige uma explicação não só teológica mas também científica das suas origens e da formação do Universo em que se integra. Isto é uma religião mais científica e menos mística que se deve adaptar ao grau de conhecimento do Homem actual que se encontra a léguas dos seus antepassados dos tempos bíblicos. Daí que a religião dos séculos vindouros não poderá deixar de ter uma forte componente racional e científica, evitando os constantes confrontos com a Ciência, contestações de várias espécies que surgem cada vez mais e, muitas vezes, apresentadas de forma humorística e sarcástica, enchendo de ridículo o que devia ser encarado com respeito e venerabilidade. E isto diz respeito a todas as religiões.
No limiar do novo Milénio, a Igreja Cristã, o Cristianismo se pretende assumir-se como religião universal da vanguarda, aceite por povos civilizados e bem informados, não poderá descurar esta realidade sob pena de ver diminuído o seu culto como está a acontecer, devendo começar a adaptar-se às exigências mais pragmáticas do Homem moderno, harmonizando a Teologia com a Ciência. Afinal, na Prova da Vida necessária para alcançar o Paraíso espiritual, a alma continua ligada a um corpo físico que está sujeito às leis da Física que regem o Universo da matéria. Nesta perspectiva, a Teologia, a Religião não pode afastar-se da Ciência e esta não poderá afastar-se de Deus porque é ela mesmo o estudo e o conhecimento da Sua obra, da Obra Divina, contribuindo assim para que um Deus mais real esteja mais perto do Homem, aumentando fortemente a sua Fé.
O cientista seria assim mais religioso e o religioso mais cientista, pois a Investigação e a Ciência, nessa perspectiva, seriam definidas como a desvenda dos mistérios da Criação e o conhecimento da Engenharia Divina, da Sua Obra, ou seja como tudo está organizado, como se processou o Organismo Vivo de que fazemos parte integrante como seres reflexivos, apenas libertados pela componente espiritual que possuímos.
A Ciência como sabedoria acessível ao neocórtex humano, teria, por sua vez, a exemplo de Einstein que nunca abjurou a sua Fé no transcendente, perspectivas mais teológicas e desenvolver-se-ia num diálogo constante com o Criador para que a Tecnologia humana não degenerasse numa imitação grosseira da Sua Obra, motivada por irracionalidades regressivas, com combinações profanas e abjectas de matéria incompatível que levam a produzir grandes quantidades de inertes indegradáveis que estão a transformar o planeta azul da vida, numa imunda lixeira negra e mal cheirosa. Uma pecaminosa ofensa a Deus.
Naturalmente, suponho que, num futuro não muito longínquo, ultrapassado o problema da psicogénese, das diferenças religiosas acessórias, dos dogmas, das liturgias, dos ritos e das orações, a questão fundamental que dividirá os crentes e não crentes, se centrará apenas na Formação do Universo como prova física da existência de Deus. Para os não crentes foi obra do acaso para os crentes, perante tanta perfeição inimitável pela Tecnologia humana que apenas a tem manipulado perigosamente, só poderá ter sido obra bem definida e concebida por um Desígnio Divino transcendente, ou seja, por Deus.
Depois de tantas lutas, guerras e heresias que provocaram vítimas incontáveis mas necessárias no percurso evolutivo, as diferenças entre crentes e não crentes, na sua forma mais avançada, resumir-se-ão à incógnita mais simples: a prova física, o Óbvio.

13/05/02

Reinaldo Beça
(reibessa@hotmail.com)
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