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Contos-->Mamãe, o que é o amor? -- 01/01/2008 - 20:21 (Paulo Marcio Bernardo da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
- Mamãe, o que é o amor?
(- Perguntou Aninha, uma menina de apenas cinco anos de idade para a sua mãe).
- Amor Aninha é quando uma pessoa gosta muito da outra. Eu amo você de todo o meu coração. Faço a sua comida, levo você para a escola, fico com você até você dormir... (- e assim foi exemplificando... Aninha torna a perguntar:)
- E o papai também me ama?
- Claro minha filha, papai também ama você!
- Ele sempre fala que gosta muito de mim, mas quando ele volta bêbado lá da rua, ele me empurra e até me bate. Por que mamãe?
(-sem saber explicar direito a mãe tenta aliviar o comportamento do pai).
- Minha filha, a bebida é como se fosse um gênio do mau, quando uma pessoa bebe, ela faz coisas que não gostaria de fazer jamais.
- Ele gosta de ser o gênio do mau?
- Não minha filha, ele não gosta!
- Então por que ele bebe assim?
(- A mãe bastante embaraçada, continua tentando explicar)
- Aninha, a bebida é um vício, uma doença.
- Quando eu estou doente você me leva no médico e ele me dá remédios. Por que o papai também não vai ao médico e também toma remédio?
- É porque o papai não sabe que está doente.
- Por que você não fala pra ele e leva ele no médico?
(... e as perguntas vão ficando cada vez mais difíceis de explicar para a pequena menina de apenas cinco anos que não entende a doença, mas sabe dos males que ela causa.)
- Ele não quer ir ao médico Aninha, ele tem medo!
- Papai também tem amor por você mamãe?
- Você me falou que quem ama, gosta muito, mas quem gosta muito bate nos outros?
Mamãe, quando eu crescer, não vou querer gostar muito e não vou querer ter amor!
(- sem ter mais argumentações, a mãe abraça a filha, chora e espera novamente o marido e pai alcoólatra chegar em casa embriagado).

01/01/2008
Paulo M.Bernardo

** Alcoolismo é doença incurável, mas pode ser tratado e o homem ou mulher doentes podem viver uma vida normal, alegre e feliz! **

*** para evitar um diálogo verdadeiro e triste como esse, procure ajuda de um psicólogo, um médico ou uma entidade governamental. Casos como este aqui relatado também tem tido bons resultados com a ajuda dos Alcoólicos Anônimos (procure um grupo em sua cidade).***



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