Ecos do Silêncio - 28.Março.2005 - 22:46
Acordo, passo a mão pelo colchão e não a encontro. Me lembro dela, da última conversa, do último beijo, do último abraço. Lágrimas afloram.
Mas a necessidade de querer ser jovem a levou. As fofocas e as amigas a levaram.
Sinto falta dos seus arroubos juvenis e das suas imitações de criancinha. Sinto falta da sua risada gostosa, de suas expressões faciais ao descobrir algo novo. Sinto falta da mais linda anjinha que Deus colocou no mundo 24 anos atrás. Sua obra prima.
Sinto falta do insistente tocar do telefone, dos beliscões de ciúmes, de sua carinha feliz ao chegar a meu apartamento.
Sinto falta de cozinhar para ela, de comer com ela, de amá-la.
Sinto falta de compartilhar segredos e amizade.
Convivo hoje com uma pessoa diferente, rancorosa e fria. Fria a ponto de não desejar sequer uma Feliz Páscoa.
Só me sobraram lembranças. Lembranças de uma pessoa fiel, alegre e linda.
Não ouço mais sua voz, não ouço mais sua risada, não ouço mais um Te Amo, não ouço mais nada, nem o bater de um coração solitário dentro de mim.
Tudo o que me sobrou foram os ecos do silêncio.
Wagner -
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