Estava lendo nos jornais. Aconteceu, de novo. Desta vez, em Pernambuco. Três cães da raça boxer pularam o muro e mataram o bebê da vizinha, que completava duas semanas de nascido. Segundo o jornal, “o dono dos animais ainda teve a petulância de dizer que a culpa era da mãe da criança, que a deixou sozinha dormindo em um colchão... “.
No mesmo dia, em São Paulo, quase acontece a mesma desgraça. Desta feita, envolvendo um cão da raça Pit Bull. (ou pitbull). Só não aconteceu o pior porque uma cadela de estimação enfrentou o animal e salvou a criança.
Casos como esses têm ocupado as páginas dos jornais. Reclamam-se de que os cães, quando a passeio, não se revestem de cuidados, como o uso da focinheira, por exemplo. Fala-se que os cães são irracionais e têm capacidade de mutilar e matar as pessoas, em face de suas mordidas poderosas. Falou-se muito em punição para os donos desses cães. E já houve mais de um projeto de lei no sentido de eliminar ou castrar certas raças de cães.
Há os que pensam diferente. Os criadores e adestradores afirmam que o problema é do dono. Que incitam os cães a serem ferozes. Ou não dão o devido treinamento. Ou transmitem seu ódio e agressividade para os mesmos.
Cães á parte, entendo que este problema é compreensível e de fácil solução. O que não consigo entender foi a frieza com que a Suzane - e seus comparsas - mataram seus pais legítimos. Com requintes de crueldade. A pauladas. Tudo planejado. E comemorado. Com direito à aquisição de moto importada.
Fico a pensar com meus botões: coleira e focinheira, neste caso, de nada adiantaria. Educação e oportunidades de crescimento, tudo indica, não teria faltado. Drogas ou eventual doença mental não me parecem justificar tanta violência. Violência em grupo. Todos eram doentes?
Afinal, qual seria a raça da Suzane e de seus comparsas? Que agrediram seus donos, dentro da sua própria casa?