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Contos-->T R Á F I C O -- 16/03/2001 - 22:27 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Então foi assim: Os assassinos da caixa d água conferenciavam pelos telefones, e estavam já decididos que naquele início de mês executariam o plano "solução final", pondo fim naquele litígio interminável.
A vítima tinha seus passos completamente monitorados. Bastava sair para as ruas e pronto: Lá estava alguém que a soldo do mandante o mantinha sob vigilância.
De posse das informações do local onde estaria, o assassino remetia duas ou mais pessoas que se encarregariam de ficar perto do obsidiado.
Em todos os locais que frenqüentava se incumbiram de espalhar inverdades e mentiras criando uma falsa opinião sobre o perseguido.
Os automóveis em marcha compatível com uma boa observação desfilavam ao lado do já ensandecido encosto, que não podia imaginar nem de longe que seria vítima de um atentado.
Se não se removesse por bem seria removido pelo mal.
Nas instituições civis tais como a companhia de força, de água, nas entidades representativas de classe profissional do pobre coitado, as opiniões seriam formadas pelos traficantes de informação que plantariam inverdades semeando o medo, criando o terror e provocando o ostracismo do assustado ingênuo.
Nos orgãos de comunicação social as verdades deveriam ser compatíveis com os pontos de vista dos perseguidores. É claro. Vive-se numa plutocracia.
Tudo estava dentro dos conformes e dos traçados planos.
A vítima caíra na armadílha. A ingesta d água naquela noite foi suficiente para impregnar-lhe as entranhas por mais de 33 horas.
A quantia de anfetaminas dissolvidas fez com que o azarado se mandasse estrada a fora, correndo um risco terrível de ser atropelado. Duas noites e dois dias na indigência. Frio fome e o pior de todas as torturas que se pode submeter um ser humano: o desconhecimento de todas as causas daqueles fatos.
Observado de perto pelos assassinos, a vítima passou horas nos canaviais gelados. Passou horas sob o sol torturante. Tentou descançar no mato sujo de poeira. Não conseguiu. Emporcalhado, humilhado, desonrado, e enlouquecido lembrava um morto vivo,um homem sem alma. Mas obteve de Deus a permissão para não ser morto. E então pode voltar para sua casa.
Seus vizinhos já o esperavam por conta dos trombeteiros. A opinião era uma só: aquele homem estava louco e deveria ser internado num sanatório psiquiátrico.
Os assassinos exultavam de alegria. Não se continham de tanta sorte. Afinal aquele obstáculo seria removido.
Mas, porém, entretanto, eis que o rumo dos ventos inverteu-se.
A lei da reciprocidade começou a operar. Os demoníacos perderam seus controles e viram-se num inexorável processo decadencial.
Aquí foi feito. Aquí será pago! Para todos que plantaram ventos era chegada a hora da colheita das tempestades. Que saíssem de baixo.
As penas seriam na mesma proporção.
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