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Contos-->ADESCOBERTA DA SENSUALIDADE -- 16/03/2001 - 18:39 (Daniel Fiúza Pequeno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A descoberta da sensualidade




Autor: Daniel Fiuza
14/03/2001





Era a última semana de ferias, eu continuava de castigo. Não poderia ir à quermesse da igreja à noite. Era terrível para um garoto de doze anos ficar em casa numa cidade do interior, quando todos estavam se divertindo. Eu pensava o quanto estava perdendo em divertimento, o pior era saber que Carolina estava lá. Todos os casais de namorados deviam estar atrás da igreja namorando... Será que minha querida Carolina tinha arranjado alguém? Essa dolorosa interrogação me consumia. Justo na semana que delano o irmão de Carolina estava em Fortaleza, na casa da tia por conta do seu castigo. Eu bem que poderia aproveitar essa sua ausência para ficar com Carolina, mas ela estava lá, e eu aqui. Depois daquele primeiro beijo, comecei a vê-la com outros olhos, e a sentir uma vontade louca de ficar perto dela... Pensava nela o dia inteiro. À noite ela povoava minhas fantasias molhadas. Nunca tinha reparado o quanto Carolina era bonita, tinha uma pele morena do sol, sem uma mancha, cabelos aloirados, com cachos naturais, que se derramavam ate os ombros, um par de olhos verdes esmeraldas, grandes bem delineados, cílios salientes e sobrancelhas finas, um narizinho lindo arrebitado, boca de traços marcantes, lábios vermelhos, carnudos, com a parte de cima um pouco mais salientes que a de baixo, o que a deixava com uma boca sensualíssima. Tinha seios pequenos, afinal só tinha doze anos. Sua cintura era fina tipo pilão. O que mais salientava nela era o bumbum, bem redondinho e empinado, compondo com uma par de pernas monumentais, grossas, roliças e bem torneadas, joelhos maravilhosos, e coxas sensacionais, em síntese, Carolina era uma gatinha charmosa, linda e sensual. Mas nem só a beleza de Carolina me encantava, tinha uma cabeça espetacular, seus pensamentos e princípios, eram bem superiores a média de sua idade. Os dois anos que passou no rio de janeiro, uma cidade bem mais desenvolvida que Fortaleza, fizeram com que sua maturidade se manifestasse bem antes do normal. Carolina era determinada, gostava de ler, e assim como eu adorava escrever. Tinha um diário que não mostrava para ninguém. Suas idéias eram bem avançadas, tinha uma personalidade forte e bem formada. Aquela garota sabia o que queria da vida e sempre conseguia. Com toda essa precoce bagagem, não era chata nem pernóstica, muito pelo contraria, era meiga, carinhosa e bondosa, dona de uma sensibilidade aguçada. Mas como todo ás pessoas acima do seu tempo, era incompreendida pela maioria. Eu estava trepado no pé de ciriguela, me deliciando com essas saborosas frutinhas, quando escutei um chamado no fundo do quintal: - Psiu, psiu... Ô danny, vem aqui no fundo, rápido que tenho pouco tempo. Era Antonieta, a empregada da casa de Carolina, essa mulata bonachona era nossa amiga, fazia tudo por Carolina, e mantinha segredo absoluto. –Oi Antonieta... O que você quer? Perguntei de longe. - Vem aqui menino, vem logo ou vou embora, tenho um negócio pra tu. Desci correndo da árvore e fui ate lá. – Diga Antonieta, o que é? – Tenho esse bilhete da Carol pra tu. Ela disse, e completou: - Carol disse pra tu ler e rasgar em seguida. E foi embora apressada. Ansioso me escondi atrás do bananal e fui ler o bilhete sossegado. Ele continha o seguinte: - Querido danny (era assim que ela me chamava) estou morrendo de saudade, sinto muito tua falta e os teus beijos, não tenho podido sair, pois minha mãe está muito desconfiada, e já andou me fazendo perguntas sobre eu e você, claro que neguei tudo, apesar de não gostar de mentir para ela, mas foi necessário, senão ela não me daria liberdade para mais nada. Tenho ido a quermesse, mas não tem tido graça nenhuma sem você. Sábado é nosso último dia de ferias, queria me encontrar contigo, para tanto bolei um plano, e conto com ajuda da Antonieta. Vou simular uma indisposição no sábado, para justiçar minha vontade de ficar em casa. Nesse dia a Antonieta não sai, pois o namorado dela vem vê-la, como ele não gosta de quermesse, ficam namorando em casa, com eles em casa minha mãe não vai ter receio de me deixar sozinha, ela confia muito na Antonieta. Você vai ter que entrar pelos fundos, eu estarei te esperando na varanda lateral, se por acaso chegar alguém, vai dar tempo da Antonieta me avisar, e você sair correndo para sua casa. Espero que tudo dê certo, pois não quero partir sem te ver e me despedir. Gostaria que destruísse esse bilhete, pois ele compromete Antonieta, eu não gostaria de vê-la perder seu emprego por minha causa. Antes de você entrar, veja se tem uma toalha de banho no varal, é o sinal de que estar tudo bem. Um grande beijo, te espero ansiosa. Sua carol. Destruí o bilhete em dezenas de pedacinhos, e fui espalhando ao longo do quintal, jamais alguém poderia jantá-los de novo e conseguir ler seu conteúdo. Nos dois dias que antecederam o sábado, eu era só felicidade, tinha sempre um sorriso bobo nos lábios, tia Odete até já havia me perguntado se eu tinha visto o passarinho verde, pois andava muito feliz de repente. Minha mudança quase estraga todo o plano, nesses dois dias fiquei uma seda, nada aprontei, nada reclamei, e tudo que me pediam eu fazia de bom grado. Fiquei tão bonzinho que tia Odete me chamou e disse: - Gostei do seu comportamento, vejo que está um bom menino, por isso resolvi libera-lo para a quermesse no sábado, é seu último dia de ferias, e acho que já pagou seu castigo. Aquelas foram ás palavras mais traiçoeiras que já ouvira, será que ela estava desconfiada de alguma coisa? Não... Ela jamais iria saber! Eu já havia resolvido, não iria a quermesse no sábado. - Não quero ir à quermesse, tia. Falei determinado. - Porque? Só porque liberei, agora você não vai? Ta fazendo pirraça é? - Não tia, não é isso, eu apenas não to mais com vontade de ir, prefiro ficar em casa arrumando minhas coisas, perdi a vontade, vou dormir cedo, assim amanhã não dou trabalho para acordar. Senti um grande alívio quando tia Odete concordou dizendo: - Você tem razão, um dia só não vai fazer diferença, pode ficar em casa, mas veja bem não vá aprontar nada. Naquele sábado saí para cortar o cabelo, pedi minha tia para aparar minhas unhas, tomei banho cedo e fiquei na espera. Após o jantar todos foram para a quermesse. A todo instante eu ia na cerca para ver se a toalha já estava no varal, minha ansiedade era grande, só quando passou das oito e meia da noite, é que finalmente a toalha tremulou no varal. Sorri agradecendo aquela bandeira de amor e liberdade. Pulei a cerca e fui ao encontro dela, na varanda lateral da casa, iluminada por um candeeiro, ela estava me esperando, me recebeu com um leve beijo na minha boca. Carolina estava mais linda do que nunca. Tinha acabado de tomar banho, seus cabelos ainda estavam molhados, nunca vou esquecer o cheiro gostoso do sabonete phebo que emanava do seu corpo. Ela vestia um vestido de um tecido fino, parecia indiano, sem alça, tinha um franzido de elástico na região do colo, estava descalça, talvez quisesse compensar nossa diferença de altura. Conversamos um pouco sobre assuntos variados, até que Carolina diminuiu o foco da luz do candeeiro no mínimo possível, e me abraçou. Seus cabelos molhados me excitavam, eu a beijava nos ombros, no pescoço, acariciava seus seios, suas coxas, todo seu corpo. Ela me olhou com seus lindos olhos verde, faiscando de sensualidade, me afastou um pouco do seu corpo e facilmente tirou o vestido. Nem acreditei, minha querida Carolina estava ali ao meu lado, seminua, só de calcinha, toda minha. Nossos carinhos estavam a mil, eu afagava, é beijava seus seios, sentido os biquinhos na minha língua, senti a mão de Carolina abrindo minha braguilha, soltando a cinta de minha calça e libertando meu pênis daquela prisão. Depois tranqüilamente o conduziu para suas coxas entreabertas. Nesse momento quase gritei, estava para explodir de prazer, Carolina sentido esse perigo, sussurrou no meu ouvido com uma voz rouca e suave: - Não sinta ainda meu amor, espere um pouco, to quase chegando lá, podemos sentir juntos. De repente senti uma pressão maior das coxas dela sobre meu pênis, agora ela se mexia com um frenesi louco, e gemia baixinho, me puxava para si e arfava... Todo seu corpo estremeceu, senti que um violento orgasmo estava se desencadeando nela. Juntos gozamos ás delícias desse maravilhoso orgasmo. Seus olhos ficaram vidrados, ela ficou mole, quase desmaiando. Passado àqueles momentos sublimes, Carolina viu o líquido viscoso escorrendo nas suas coxas.
– Preciso de um novo banho, falou ainda com a voz embargada. Deu-me um longo beijo na boca, pegou seu vestido e entrou. Depois daquele dia, eu só iria ver Carolina novamente, cinco anos depois.

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