Podia ser qualquer um este menino, José como todos os outros ou Francisco como alguns. Ao nascer, definiram juntar os dois.
Decisão de mãe?
Complicada tornou-se sua inteiração no mundo, sempre dividido, sempre um pouco
José como todos, Francisco como alguns.
Sem lugar definido, sem jamais se encaixar, colocando-se sempre aqui e ali, a viver intensamente José, ou ser um pouco Francisco, cada um tão definido que até doía, com seus sentimentos tão completos. Quando era José queria ser Francisco e, quando Francisco, que falta lhe fazia José!
Não encontrou maneira de completar-se porque é sempre tão difícil juntar dois em um....porque me tornaram dois quando teria sido ta simples terem-me definido apenas um? Pergunta martelava sem trégua.
Vai ver por isso tinha dois empregos, duas mulheres sem que uma soubesse da outra, uma verdade e sempre uma mentira, um querer e um negar, uma decisão sempre indecisa, duas vidas tão opostas.
Vai ver...
Um dia José e Francisco finalmente compreenderam: não, não tinham culpa alguma de ser José Francisco.
A culpa, era da mãe.
16/09/08
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