A menina olhava o chão, admirada da flor que nascera em meio ao pó, no buraco onde vivia com mais doze, embaixo do viaduto escuro, opressivo e cheio de ratos e comida espalhada. Muitos dormiam, outros vegetavam, mais ao longe outros ruminavam a sorte perdida. Apontou à mãe o milagre, que olhou de lado e se virou para ela:
--Faça tino não, criatura! É que hoje é Natal.