Usina de Letras
Usina de Letras
171 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62181 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10350)

Erótico (13567)

Frases (50584)

Humor (20028)

Infantil (5425)

Infanto Juvenil (4757)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140792)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->Frei Dimão e Guida peroram -- 16/07/2023 - 09:14 (Brazílio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

 

 

 

 

Frei Dimão sermoneia à plebe

De mais preces precisamos

para que a chuva caia a valer

e com as tábuas do Wramos

Wramos ter o que comer

 

Que novo dilúvio venha

e vamos enfrentá-lo com galhardia

porém na arca quem se emprenha

não fica de barriga vazia

 

Para água economizar

sem saída esta o beco

vou mandar Nanda lavar

minhas batinas a seco

 

E se se mantiver engomada

minha batina favorita

com o ferro será ferrada

e a passadora tá frita

 

Algumas carecem u´a cerzida

em partes bem delicadas

vou pedir a ovelha perseGuida

que as trate com mãos de fadas

 

O círio será trocado

por um outro mais volumoso

Kathie, contudo, em pecado

o manterá lumigozo

 

Tem andado afastada a Hull

nossa irmã lá do Tesouro

depois da boate Azul

vai trabalhar como um mouro

 

A poetisa alencarina

co´o pé socado na duna

à luz de uma lamparina

hará canciones a la Luna

 

Os baús andam bem vazios

porque tem rareado a esmola

cursos faremos dos vadios

do borcel à porta da escola

 

A hora é da boa cheirada

e vou convocar o bom mocim

que perdeu pruma Dilma irada

e agora tudo é pó, é o fim

 

Em alta anda o facurismo

por razão elementar

sem Valentino, eis-me no abismo

e com dona Globo no ar

 

Vou apelar pro Missionário

que é homem bom e bem digno

me cobrirei com o sudário

enquanto ele expulsa o maligno

 

E o nosso Apóstolo também

em seu carisma não falha

mas se os anjos disserem ah nem

nem assim ele joga a toalha

 

Kellentidão o trânsito tá

e a culpa também cabe a mim

capoeira fiz com Abadá

e me passou a perna o Alkimim

 

Já não sei o que fazer

pra conservar meu cajado

que ameaça derreter

e até pender para o lado

 

De Momo vêm aí os festejos

e eu exijo todo o recato

donzelas, fujam dos beijo

e de todo impudico ato

 

Já falei sobre decote

quem o usar direto peca

pra lusangolana dei o mote

mas ela diz que é boneca

 

Vamos para a sacristia

que impõe ao recolhimento

louvando sempre a Maria

José ficará ciumento?

 

Vou perguntar aos anjos

sobre essa hora ah bem suada

se um dia viram marmanjos

de tanto pegar na espada...

 

 

 

Fiel cumpridora da sacra doutrina, pela qual zela com displina, a perseGuida freira, que já andou sem eira nem beira, responde ao frei, de primeira - e rezadeira:

 

Achegai-vos em oração#

escutai o santo Frei#

para uma boa degustação#

vinde às tábuas de Wramos e comei##

 

Que o dilúvio venha calmo#

sem ser muito extravagante#

e a água suba alguns palmos#

pro alimento ser abundante##

 

Como sofre a pobre Nanda#

pra fazer a vontade do Frei#

ela faz tudo que o Frei manda#

por obediência a santa grei##

 

sua batina favorita#

está sempre engomada#

mas fica meio esquisita#

quando fica ah, bem suada##

 

A perseGuida sabe cerzir#

às agulhas ela comanda#

se de novo a batina puir#

pede outra nova pra Nanda##

 

De novo vai trocar o círio?#

tu estás com boa intenção#

pra Kathie e doce delírio#

manter a lustração##

 

Alencarina já nem sei#

por onde anda esta mulher#

deve ter abandonado o Frei#

agora faz o que bem quer##

 

Os baús andam vazios#

por causa da Dilmarrogante#

às esmolas estão em estio#

e o povo menos confiante##

 

E tudo é pó(r)raí vai#

e a gente vai se lascando#

o salarinho oh! Se esvai#

e Dilmanta comandando##

 

Me entrega teu cajado#

que cuido dele direitinho#

se ficar a meu cuidado#

o mantenho empinadinho##

 

De Momo são os festejos#

o Frei não vai controlar#

desses profanos desejos#

às donzelas não vão se livrar##

 

A lusangolana estava sumida#

de certo estava viajando#

agora voltou revivida#

e com inspiração esbanjando##

 

Vamos pra sacristia#

pra fazer as abluções#

não deixando de louvar Maria#

pra não armar com José confusões##

 

Os anjos guardam segredo#

sobre a hora ah, bem suada#

manejam a espada sem medo#

essa história vai ficar bem guardada##

Paulo Miranda

Enviado por Paulo Miranda em 28/01/2015

Reeditado em 29/01/2015

Código do texto: T5117431

Classificação de conteúdo: seguro

Comentários

5

foto

Paulo Miranda

foto

Facurihá 8 anos

facurismo???...Kellentidão!!!!!Guidafreira????.......kkkkkkkkkkkkkkkk!!!!!!!- Sensacional, Don Braza e querida Guída...MESTRES!!!!! EXCELENTES OS DOIS AQUI!!!!foto

ANA LUCIA S PAIVAhá 8 anos

Imaginação correndo solta neste cordel.Vamos esperar os resultados de oraçoes etc e tal ,rsrsrs,bjsfoto

Guída Sáhá 8 anos

Achegai-vos em oração# escutai o santo Frei# para uma boa degustação# vinde às tábuas de Wramos e comei## Que o dilúvio venha calmo# sem ser muito extravagante# e a água suba alguns palmos# pro alimento ser abundante## Como sofre a pobre Nanda# pra fazer a vontade do Frei# ela faz tudo que o Frei manda# por obediência a santa grei## Sua batina favorita# está sempre engomada# mas fica meio esquisita# quando fica ah, bem suada## A perseGuida sabe cerzir# às agulhas ela comanda# se de novo a batina puir# pede outra nova pra Nanda## De novo vai trocar o círio?# tu estás com boa intenção# pra Kathie e doce delírio# manter a lustração## Alencarina já nem sei# por onde anda esta mulher# deve ter abandonado o Frei# agora faz o que bem quer## Os baús andam vazios# por causa da Dilmarrogante# às esmolas estão em estio# e o povo menos confiante## E tudo é pó(r)raí vai# e a gente vai se lascando# o salarinho oh! Se esvai# e Dilmanta comandando## Me entrega teu cajado# que cuido dele direitinho# se ficar a meu cuidado# o mantenho empinadinho## De Momo são os festejos# o Frei não vai controlar# desses profanos desejos# às donzelas não vão se livrar## A lusangolana estava sumida# de certo estava viajando# agora voltou revivida# e com inspiração esbanjando## Vamos pra sacristia# pra fazer as abluções# não deixando de louvar Maria# pra não armar com José confusões## Os anjos guardam segredo# sobre a hora ah, bem suada# manejam a espada sem medo# essa história vai ficar bem guardada##foto

fernanda araujohá 8 anos

Tô veno qui tô frita. Comprei uma batina tão bunita im Roma e já tão assim disgastada?foto

NATIVAhá 8 anos

Dez, amigo. Divertidos versos. Início bem bacana lembra o nosso querido trovador WRamos com suas boas receitas. Concordo, vamos rezar para chover... O Frei foi bem no sermão! A plebeia aqui dessa vez tira o chapéu. Até a próxima!Rsrs. Abraço, amigo.

Sobre o autor

Paulo Miranda

Paulo Miranda

Pitangui - Minas Gerais - Brasil 72 anos

  • 47.795 textos, 849.895 leituras

PerfilTextosContato

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 9Exibido 58 vezesFale com o autor