A palavra "amor" envolve uma gama tão variada de sentidos que os gregos, grandes pensadores da antiguidade, buscaram dividi-lo em três grupos. O primeiro é o "Eros"! É o amor carnal. É a sensualidade! De onde provêm, por exemplo, a palavra "erótico". Na mitologia grega é representado pelo "cupido". Símbolo do desejo, cuja energia é a libido.
É um amor sublime. Mas, considerado pelos gregos como amor menos nobre do que o amor "Agape" e amor "Phileo". É amor físico. Busca satisfazer os apetites do corpo. É um tipo de amor-próprio. Nele está implícito: Eu satisfaço a você e você me satisfaz! Portanto, é um amor condicional. Como um contrato tácito, se houver o descumprimento de uma cláusula por qualquer das partes a outra está livre do compromisso. No caso de infidelidade, por exemplo, Ã parte lesada arroga-se o direito de romper qualquer relacionamento que antes existia.
Quando o amor "Eros" torna-se a base "única" de sustentação de um relacionamento, este se transforma em laços de sofrimentos e insegurança. É o amor que mais tem ferido o coração das pessoas! Este amor, que dos mais sublimes presentes deixado por quem nos criou, tem se transformado em uma cisterna de lamúrias e feridas, em consequência da quebra de princípios vitais do relacionamento entre o homem e a mulher.
Antes de entrar no assunto gostaria de contar uma pequena história que servirá de ilustração para a nosso bate papo. Certa vez, um grupo de adolescentes buscava descobrir no mundo os prazeres e as aventuras que ele tinha a oferecer. Decidiram fugir de casa à busca das sonhadas aventuras. Compraram passagem de trem e, assim que escureceu, fugiram de sua cidade. Suas famílias ficaram desesperadas. Não sabiam o que havia acontecido. Registraram, de imediato, o fato à polícia, que deu início à s buscas e à s investigações.
Três dias depois, os policiais receberam a notícia de que os jovens haviam fugido para uma cidade vizinha a alguns quilómetros dali. Os pais, de imediato, partiram para lá e encontraram a turma envolvida em farras e orgias. Os pais, evidentemente, indignados corrigiram severamente os seus filhos. Entre ameaças e castigos, a festa acabou! Furiosos, voltaram com seus adolescentes para casa.
Exceto um menino, cuja família não se preocupou em saber aonde ele se encontrava, sequer lhe deram um telefonema. Solitário, o garoto se sentou em um banco daquela estação, curvou a cabeça por sobre os joelhos e chorou amargamente. Perguntado porque chorava, respondeu com os olhos em lágrimas: Ninguém me ama! Ninguém gosta de mim! Ninguém de minha família veio me buscar! Até mesmo a minha família não se importa comigo!
Que grande angústia sentia esse rapaz! Angústia por não ser amado e por não sentir que tinha valor para aqueles que o cercavam! O não se sentir amado é um caminho solitário! Só Deus pode encher esse vazio! O sexo sem compromisso produz esse sentimento! O de alguém que fora usado e sugado! Sugado por alguém que chupa uma laranja e joga o bagaço fora!
E, consequentemente, a partir de então, vem um sentimento de repulsa e abandono! Todavia, na pratica o que se observa é: sacode-se a poeira e se começa tudo de novo! Vida nova! Vida descompromissada! E, então, nova temporada de caça ao tesouro perdido! Este é um caminho conhecido e trilhado por muitos aventureiros!
Porém, o grande segredo de uma vida feliz está na busca de um relacionamento que perdure por toda vida! Onde a fonte de meu prazer esteja em buscar a felicidade da pessoa que amo!
Para finalizar quero deixar um provérbio que contem muita sabedoria!
"Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço. Derramar-se-iam por fora as tuas fontes e, pelas praças, os ribeiros de águas? Sejam para ti somente e não para os estranhos contigo. Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade, corça de amores e gazela preciosa." (Provérbios 5: 15-19)
