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Cronicas-->Criança -- 04/11/2000 - 15:52 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ouvir estrelas... Dançar qualquer música, bailando ao som de todas as orquestras. Sorrir, pular, brincar! Estar, ao mesmo tempo, em todos os lugares...

Sentir, na carícia do vento, a beleza de todos os amanheceres; o encontro com o "sem limites", numa alegria incontida de fazer acontecer todas as magias, todos os momentos de prazer!

Ah... Ser criança... Inocência . Pureza... Olhos de aflição, pelo nada e pelo tudo...

O passado e o futuro a fundir-se no AGORA... Pois não há mágoas ou rancores que estraguem a festa. E o sabor da travessura, sempre constante, a rondar pensamentos fictícios, que se tornam reais a cada gesto, em cada toque.

Relembranças de um passado-presente, que nunca se desfaz!

Chocolates proibidos, joelhos arranhados... Dedinhos, sempre a apontar... aqui e ali...

"Dá... dá! Vem ! Quero! Não? Por quê?... Por quê?!!!"

E você, criança... perdida por aí, nas esquinas da vida, sem um ombro pra aquecer o corpinho surrado, maltratado?

Você que, nas angústias de uma espera, eternamente infinita, nunca póde sonhar com a boneca... o carrinho... o sorvete... Você, que ninguém vê... Vai, andando, ao acaso, entre monstruosas pernas que nem lhe dão conta da presença... Você, que ao anoitecer treme de frio. E, ao dormir, sonha com um colinho... ( delícia ) tão quentinho... Mamãe !!!

Era sonho... nublado... Desfez-se na manhã, onde ecoou seu grito surdo... aflito...

Onde está a comidinha, a sopinha, o carinho?

Anjinho perdido, sem asas, quer voar, não sabe... Prematuramente, cortaram-lhe o direito.

E, sem direção, não encontra a mão... Vai tateando na cegueira que a vida lhe impós. Ao olhar o infinito, chora... na procura de uma chance... uma somente... que lhe aponte o caminho, um atalho talvez...

A vida é má, muito má... Fez as pessoas cegas, surdas e insensíveis... Coitadas!!!

No caminhar, desenfreado, a ordem é "progresso"!!! Trabalhar, muito... Nem dá tempo de olhar para os lados. Que estranhos seres... Parecem robós!

Coitados!!! Crianças perdidas, nesta imensa selva que os obriga a andar, sempre para a frente "arriba"! Não se pode parar...

E, nesta louca roleta, vai-se o sentimento, a alegria se esgota, de tanto esperar por um breve, singelo momento... de reflexão... Mas, como? Se não há tempo... Tudo por fazer!

E o tempo... "senhor absoluto" de todas as intempéries, passa... inocente de todas as queixas e culpas.

Tempo... Tempo... Tempo... Pega esse menino, faz um redemoinho e leva-o bem alto, a brincar com as nuvens, nas pontas de estrelas a se balançar.

Mostra-lhe o caminho daquela luz bendita, em que ele acredita ser sua gangorra, pra "pular mais alto"...

Faz-lhe um trampolim para o pulo "sem fim"... E que caia inteirinho, belo e faceiro, naquela mão suave, que acolhe os filhos seus, na brandura mais sublime e mais grata... E que disse um dia :

"Deixai vir a mim as criancinhas... Delas é o Reino de Deus".

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