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Contos-->A fagulha de toda a esperança -- 15/03/2001 - 23:44 (Zilton Fioravante Salgado) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Porque naquele tempo as coisas não eram coisas, mas sim desejos.
Ele vivia recluso, pensava eu. A sua inclusão o levava a se perder no mais profundo, mais ingreme abismo do ser - ou será do seus desejos?.
Todos os instantes luzes permeavam as janelas do seu quarto, fazendo com que efemeros espasmos tornassem incontroláveis a emersão de imagens estranhas e distorcidas do mais obscuro do seu intelecto.
Estava louco, eu diria. Pois mesmo o mundo o olhava de forma despresível. Disconfiavam dele, o negavam. Até mesmo desviavam do caminho que por ele foi percorrido um dia. Mesmo porque, não o podem ver nos dias de hoje, pois não mais pertence ao sórdido lugar que habitamos.
Desprendeu-se, transcendeu a tudo aquilo no que acreditava. Afirmou que nada mais era real, nada mais existia. As relações entre nós, de nada mais valiam. Dizia ele, "Vivem pseudo-relações, infames encontros vazíos. Não sabem porque amam, nem ao menos se amam, ou se em verdade odeiam e mascaram, fazendo com que os outros creiam na falsidade e a tomem como a mais pura verdade."
Foi embora, mas não daqui. Permance escondido, banido dos círculos daqules que vivem como nós. Imergiu em tudo o que não é dito. Desvenda hoje todos os desejos mais recalcados do seu próprio ser. Muitas vezes se espanta com as maravilhas soturnas que explodem das sombras daquilo que ele era.
Mas hoje ele é real. E vaga por todos os caminhos, que ainda não foram pisados, mas sempre às margens daquilo que somos. Apenas espera para poder lançar sobre o mundo sua maravilha real. Seu verdadeiro sentimento. "Pois tudo é real, tudo é confiança. Basta olhar para o menor ponto de vida dentro de vocês e vão ver, pois, que lá há a maior fagulha de toda a esperança, aquela que atará todos os laços de afeição do mundo.",dizia ele.
Assim ele viveu e surpreendeu a todos. Pois mesmo nunca tendo existido como pessoa ele povoa a todos nós. E assim será, porque assim ele descobriu a si mesmo. E nos fará viver. Pois não há ódio, mas sim a ausência de ser.
* Zilton Fioravante Salgado (15/03)
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