Usina de Letras
Usina de Letras
191 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62180 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50582)

Humor (20028)

Infantil (5425)

Infanto Juvenil (4757)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6183)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->Frei Dimão doutrina Fernanda Araújo -- 26/04/2023 - 18:17 (Brazílio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

 

 

 

 

Frei Dimão doutrina Nanda Araújo (republicação)

 

 

 

 

 

Frei Dimão doutrina Nanda Araújo

 

 

Pelas Oropas andaste

a busca da perfeição

mas o que lá encontraste

sei que foi só perdição

 

Agora retornas à grei

pra celebrar a Imaculada

agarra-te ao Agnus Gay

que é o campeão da parada

 

Uma graça foi alcançada

desde que visitaste o Pará

vem vindo água em chuvarada

e o rio logo se re-encherá

 

De Dom Belvino, veio prece

ele que reside por lá

Pedro, do céu, lhe agradece

enquanto tomamos chá

 

Mas de tua volta tratemos

pra que componhas o rebanho

reza pois pra São Nicodemos

enquanto vigio o teu banho

 

A nudez requer vigilância

para que se afaste o demo

que em qualquer re-entrância

se instala e faz tudo extremo

 

Sei que das ceroulas te ocupas

e cuidas bem dos bordados

e enquanto coquinhos chupas

dás contas de todos r(p)ecados

 

Minha pregação no Recanto

é como semear no deserto

mas voltaste, e me encanto

o teu o(b)rar é o mais certo

 

Vou procurar parceria

pra não me afogar nos mares

da mais cruel heresia

e conto pra isso com o Soares

 

Ele é nobre missionário

sempre a afastar o maligno

gol(p)eador, que nem o Romário

louvando o Pai, sempre digno

 

Quando ao meu sacro cajado

já bem velho pra chuchu

farei outro, mais bem lustrado

do sacro pau de guatembu

 

Se esta árvore não conheces tu

pergunta pra poeta Nilmari

pois botanista pra chuchu

não há outro que melhor a encare

 

Traz pra mim meu breviário

e vamos começar as matinas

chupaste a chave do sacrário

tão popular nesta Minas?

 

Batinas que tens a passar

é trabalho em que não se atrasa

só me ocorre, porém, recordar

pra elas, só o ferro em brasa

 

 

 

 

Obsequiosa e piedosa, Nanda segue as disposições do divino frade, e lhe confirma sua boa vontade - apoiada pelo Marquês de Sade.

 

 

Vamos devagar, frei Dimão,

E veja como está enganado

Não encontrei perdição

Pois só fui em lugar sagrado.

 

Estive na Europa famosa

Pela sua grande história

Fiquei bem atenciosa

E admirei a sua glória!

 

Fátima, Lourdes, que beleza

Assis tem também seus encantos

E a gente reza e reza

E pede tudo para os santos.

 

Tá vendo, bom Frei Dimão

Tudo que fiz, digo e assino

E é bem verdade, um senão,

Que estive num cassino.

 

Mas estive só na porta, nossa!

Que lindeza de construção

Digo isto para que possa

Desfazer toda confusão.

 

Voltemos ao seu cajado

Que parece bem velhinho

E se estiver carunchado

É melhor pegar um novinho.

 

E como passar a batina

Se estamos aqui sem brasa?

Mas numa noite natalina

Eu a deixarei em sua casa.

 

Que seu Natal, Frei Dimão,

Seja lindo e bem feliz!

Desejo-lhe de coração

E nada lhe contradiz...

 

 

Paulo Miranda

Enviado por Paulo Miranda em 05/12/2014

Reeditado em 05/12/2014

Código do texto: T5059466

Classificação de conteúdo: seguro

 

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 26/04/2023
Código do texto: T7773599
Classificação de conteúdo: seguro
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Perfil do AutorSeguidores: 9Exibido 34 vezesFale com o autor