Daniele Galvão
mandou-me um e-mail, indignada...
Disse-me ela:
- Milene, Como pode permitir a usina de letras um maluco que ofende pessoas dessa maneira tão baixa?
Refiro-me ao termo "VACA" dirigido a você. Não leu?
Que coisa mais sem sentido. Nunca vi algo assim, eu heim! Onde é que nós estamos?
E eu te respondo, cara Daniele:
Como a Usina permite, não sei. Há uma filosofia "não-dita" de que não se pode tolher a liberdade de expressão.
E eu concordo com isso.
Cada um que escreve é responsável por suas palavras.
E não se pode impedir a um "ser vivente", de demonstrar as características que lhe moldam o caráter.
Cada um dá o que tem. Não estou correta?
A propósito, passou-me a VACA nos olhos, dando pulinhos, no título. Nem me passou pela cabeça que fosse dirigida a mim. Seria muita honra... Tenho, há algum tempo, tomado uma atitude "budística" em relação à vida. E, na crença oriental, parece-me que a VACa é um ser idolatrado, venerado.
Na Índia, quando uma vaquinha passa pela rua, pára o trânsito, para que ela passe.
Até para nós, reles ocidentais, a VACA é um animal utilíssimo!
Imagine o sabor de um leitinho quentinho, em noite de inverno... Infelizmente, também a matam para consumir-lhe a carne. Desse crime, estou, também, distante há algum tempo. Tenho abdicado da carne e me faz muito bem. Sinto-me mais saudável e não guardo o remorso de comer
a coitadinha...
Como pode ver, jovem amiga, a sua indignação é infundada. Ser chamada de VACA é, para mim, um grande elogio... Acho até poético, diante do repertório que tenho amealhado.
Como se diz:
"A maldade está nos olhos de quem a vê... Ou sente."
Fico por aqui.
Milene
PS. Escreva quando quiser; não me aborrece.
*** Fiz referência ao e-mail desta nova usineira, com permissão dela. Não o faria, sem autorização. |