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Poesias-->Pintura -- 11/03/2000 - 15:13 (cONSTANTINO ALVES) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
pintura







Prado verde

Verde pintado de tom forte

Cabeça de pomba, branca, branca

Recortada em cima do prado verde

Pingo de sangue,

Sangue, sangue ,vermelho encarnado

Ao lado

Da cabeça de pomba, sobreposta ao prado verde



É a liberdade que custa

Ou é a liberdade ferida?



Para mim é a vida!











Pintura II(sec XIII)





Castelos góticos, alvos e luminosos, aguarela

Cristos riscados de carvão

Estandartes de sangue gritando, óleo

Multidões em fé inundando

A tela

O mundo!













Pintura III

Peixes





Peixes em óleo nadando

Azul,azul do mar

Homens e mulheres “navegando”

Esbranquiçados de amar



















Pintura IV

Retrato do Homem









Silhueta desenhada

Multiplos riscos de linhas

Tatuagens de vida ,colorida.

Imponente gravura!

Boa figura!



Homem iconegrafado de mil factos

E entreactos,

Pactos

Memórias

Histórias

Piedosas moratórias

Fatais decisórias

E discursos

E oratórias

E “lórias”



O desenho acabado

De tamanho nada acanhado



Agora vai um banho de tinta

E por favor senhor espectador....Sinta!













Pintura V





Maçã debotada

Leve cor avermelhada

Por baixo, sustentada

Numa simples fruteira desenhada





Como poderia ser de outra maneira

Um simples fruto de macieira?















Pintura VI







Tons claros, nuances

Van gogh aguado

Pinto um homem degolado

É ele retratado.



Escorre tinta deste quadro

É sangue sagrado

É a tela o seu adro

Deste pintor cruxificado















Pintura VII

Pop









MUCH MUCHMUCH

MUCHMUCHMUCH

MUCHMUCHMUCH



Autocarros impressos

Em velocidades bestiais

Retretes esvoaçantes

Em recortes muito formais





Contrapontos luminosos

Perspectivas formidáveis

Mensagens “very live”

Garotas “in” e adoráveis



VERYVERYVERY

VERYVERYVE

VERYVER

VERYV





Pasta acrílica ,soft

Cor,cor, o que quero mais?!

Só se for a Microsoft

Pintada por Wharhol e outros tais!





M M

O O

R R

E





THE END

















Pintura VIII





Tinta,

Pincéis

Tela , murais

Um Modelo

E muitos ais



Desenho,livre

Pinto,minto,sinto

Um espaço, agora um laço

No braço.

Um chapéu espampanante, brilhante

E o corpo copiado todo nu

E diz que é cru.

Fujo do cubismo

E regresso ao naturalismo.

Desfaço-me na pintura, protagonizo

Sou Deus no atelier

Grito!

Crio!

Um corpo natural....

Quem me dera viver sem mal...



II



Emolduro o quadro

Beijo,despeço-me da modelo

Sou só

Com uma pintura sem pó.

No vazio atelier

Só há um habitante

Aquele corpo de nu militante!



















Pintura IX





Acrílico, duas demãos

Formas,figuração

Geometria, assimetria

E muita arritmia

O círculo joga ao carnaval

O triângulo faz um arraial

E cor? berrante, muito,muito



É Verão?

Não,não é o meu coração!



















Pintura X







Caras riscadas de grés?

São pobres! São famintos!



Caras de pastel...amantes?



Óleos ricos .......mafarricos ?



Aguarela ......não se segura na tela!



Se calhar pinto noutro dia o mundo!















Pintura XI





Renasço pinturas antigas

Odes antigas do corpo

Cruzo músculos renascentistas da alma

Ergo estilos agnósticos

Mostro carne viva

Componho enciclopédias na tela

Mostro como sou ,como és

Sábio,universal,centrífugo

Nus eternos num mundo material

De alma imaterial e físico imperial

O Homem no mundo finalmente é!



E desta tela que é um livro

Faço uma bandeira!



















Pintura XII





Quero a tela,

Sem linguagem,

Branca,indefenida

Um espaço

Superficial ,

Plano existencial

Quero-a profunda, infinita

Sem moldura.

Quero pintá-la

Quero habitá-la

Sou um alvo nela



Pinto de matéria as cores

Faço homens, mulheres,flores

Pinto recatos, intervalos

Voo em cavalos

Encanto serpentes

Dão-me “de repentes”

Salpico tintas

“Espero sempre que sintas”

depois

não choro

quando penso na fome

dos pobres que são muitos

e escrevo cloro

que é aquilo que falta lá em Moçambique

e desenho um alambique

e enfio um copo a pique

e dói-me a psique

da porra do mundo

e salta-me o mundo,

cá bem do fundo....



...e o meu quadro é tudo

do que se sente e se vê

Sou eu e a vida

E uma profunda ferida...



















Pintura XIII





“Hoje a pintura é poema”

Está escrito assim no quadro

Só uma frase

Sem tinta

Para que o pintor ...não minta!







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