Beijamos tanto, mas tanto que as bocas doeram. Ainda assim, queríamos beijar mais. Há beijos que transtornam, tiram do ar, arrancam a alma do corpo que sem alma nem pensa, quer mais, nem sabe o que faz.
E se tornou impossível parar de beijar.
Amamos tanto, mas tanto, que os corações doeram. Ainda assim, queríamos amar mais. Há amores que transtornam, tiram do ar, arrancam a alma do corpo que sem alma nem pensa e segue o amor e quer mais, sem saber o que faz.
Sofremos tanto, mas tanto, que entramos em vácuo. Ainda assim, teríamos sofrido mais. Há sofrimentos que nos transtornam, arrancam a alma do corpo que sem alma fica só o buraco que o sofrimento traz.
E então nossos limites se mesclaram. Nossa intimidade se perdeu e ainda assim, nos mesclamos mais e nos seguramos tanto, e foi tanto o um do outro tomar, que nos perdemos tanto, mas tanto, que foi impossível nos re-encontrar.
Tita
28/08/08
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