Queria escrever um romance. Que prendesse a atenção, fosse inédito, criativo.
Queria contar acontecimentos, descrever personagens e seus sentimentos de forma envolvente.
Como seria bom viver de escrever.
Eu me sentaria em uma sala moderna e gostosa, vidraça grande à minha frente desnudando um jardim de tons de verde e cores. Ao longe uma cerca baixa, convidando a entrar.
Imagino-me olhando os tons do jardim bem cuidado, música gostosa tocando a me embalar.
Minhas mãos dançariam sobre as teclas e eu comporia uma musica de palavras, escrita em vários movimentos, vestindo-me de cada personagem, sentindo como eles, agindo nos acontecimentos em alegro, moderato, forte ou staccato.
Quando pronto, os críticos teceriam elogios, os leitores não veriam a hora de tê-lo e, ao ler, dançariam meus movimentos, escutariam minha musica e se sentariam comigo, aproveitando o calor do raio de sol que todos os dias entraria pela vidraça grande, trazendo luz, aconchego e calor a todos nós.
Tita
21/08/08
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