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Poesias-->Ciúme inconseqüente..., -- 20/08/2008 - 10:59 (Agostinho M. da Costa) |
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Não me condenas amor
Por meu julgamento
Sei que sou impuro
Mas é um ciúme estúpido
Que nasceu
Quando suas mãos puras
Acenou para alguém...
Essas mãos que me fez
Escravo dos deleites
Arrepiando a pele
Incendiando os beijos...
Cravando na tez
Com essas unhas claras
Despejando no peito
O desejo cáustico
Que me deixa insano
Repetindo os êxtases...
Assim me fizeste
Desde aquela noite
De o primeiro olhar
E no primeiro beijo
Sua mão me tocava
Como colhendo uvas
No tempo das vindimas
Nas viçosas parreiras...
De repente a raiz
Tocou na virilha
Suas mãos me apertaram
Por longo tempo apertado
Varamos a madrugada
Descobrimo-nos no leito...
No tapete, na colcha!
Formigas espantadas
Pensávamos estar grávidas
Perdoa-me amor
Como não ter ciúmes?
Tu és tudo que tenho...
Fim.
Sabe? |
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