Há algum tempo atrás as pessoas se intrigaram com um texto que eu escrevi sobre o tema “O toco do barnabé”. Estranharam mas entenderam se tratar de um textinho simples sobre um ocorrido num desses órgãos públicos que aboletam os profissionais mais roda-presa que se possa ter para atendimento público, confirmando que o reino da incompetência é generalizado e faz festa na burocracia das organizações públicas brasileiras.
Usando do exercício da cidadania, eu apenas fazia registro da prática institucionalizada no cotidiano do mais simples brasileiro, mais conhecida como a ôia sempre apurada como manjuba calada no pé-do-cipa dos estróinas que são verdadeiros funâmbulos argirocratas e que, não obstante, povoam os mais amplos gabinetes e birôs dos serviços públicos municipais, estaduais e federais desse Brasilzim de Lalaus, Banestados, propinodutos, agigantando o nosso ninho de trambicagens, trapaças a fole, bigshits brothers, baús e enrolanças, tudo feito no maior esparro e tapiação pra cima e pra baixo.
Os meandros da nossa historiazinha oficial, brôca e rôta sempre esconderam o ninho de maracutaias de nossa exuberância tupiniquim. Mas é flagrante pelo rombo e por nossa dívida astronômica que sempre o poder dinheiro desviou o Brasil para abismos seculares. Isso, claro, com a anuência de todo tipo de poder.
Enquanto isso, para desgraça nossa, sujeito chulo posa de prôbo mascarando a nossa completa falta de indignação e exacerbação de crença de que tem muito sujeitinho metido a sério por aí. E o pior, disfarçam tão bem por debaixo dos panos, chegando nem a parecer que, para eles, é necessário delinqüir para se alcançar alguma coisa de posse vultosa no Brasil. Coisa do levar vantagem em tudo e de fazer o chapéu do otário virar marreta.
Como a coisa é mais séria do que a gente imagina, será sempre impossível, claro, nesta hora, adivinhar quantas jogatinas estão sendo entabuladas neste exato momento em todo país. E mesmo que se invente um detector com capacidade de sismógrafo, jamais dará vencimento, porque a cada instante um sujeito molha a mão de um servidor público onde quer que ele esteja. Ou não?
Desta forma, estes servidores vão impunemente engrossando a legião de picaretas, fabricando todo tipo de afanações e cumprindo seu papel tão garbosamente, porque para eles é indeferente mesmo que chova canivetes ou que dê zebra ou mesmo um creu da gota, que não estão nem aí – sem esquecer que estes desgracentos são o maior atraso de vida que se possa imaginar. Destá!
Só a gente que fica com uma mão na frente e outra atrás, insinuando abestalhado: por acaso, alguém anotou a placa do trem? Se assunte, meu, a vergonha é nacional.
Por esta razão e invocado que só, hoje usurpo minhas asneiras e levanto uma tese para colocar lenha na fogueira.
É o seguinte: dizem unânime e veementemente que o Brasil é o país do futebol. Mentira!
Admito que seja só pentacampeão mundial. E isso já é muita coisa, só isso.
Agora, dizer que é só o país do futebol, reitero: mentira deslavada.
Em primeiro lugar a prática esportiva mais difundida aqui é a espórtula, depois é que vem o resto.
Não será jamais exagero algum dizer: o Brasil é o país da espórtula. Depois é que é o país do futebol, do carnaval, da mulata frochosa, do alteroscopismo, da molecagem, da sacanagem, etc etc etc etc. É ou não é? Tenho dito.
Resta-nos clamar veementemente pela moralização dos serviços públicos, além da eficiência investigativa policial e celeridade da Justiça brasileira, para que a gente possa, um dia, sonhar com um país melhor. Ih! Enquanto isso, cá prá nós: será mesmo o Waldomiro? Bié, bié, glup, glup.