Usina de Letras
Usina de Letras
201 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140785)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6176)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Letras do Ratos de Porão ensinan a matar os pais... -- 14/11/2002 - 02:44 ( Andre Luis Aquino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Esse relato é de arrepiar, fala sobre um crime que ocorreu em Porto Alegre e que tem muitas semelhanças com o crime do casal Richthofen e preste bem atenção às letras do grupo ratos de porão.

O discotecário Carlos Alberto Pinto de Oliveira, o Beto, que foi condenado a 29 anos e 2 meses de prisão pelo assassinato de seus pais, o empresário Carlos Correa Oliveira, de 68 anos, e a dona de casa Nilza Pinto Oliveira, de 65. Atacados enquanto dormiam,o jovem ainda abriu a porta de casa para um assasino ajudar a excutar seus pais, os pais receberam dezenas de facadas na noite de 10 de outubro de 1994. O crime ocorreu na Rua Pedro Ivo,no bairro Bela Vista, de classe média alta de Porto Alegre.

Veja a seguir conteúdo de uma coluna do jornal zero hora :



O que levou Carlos Alberto Pinto de Oliveira, com 35 anos, a trucidar seus pais daquela maneira no crime do bairro Bela Vista?

O assassino daqui de Porto Alegre é discotecário. Foi discotecário da Crocodilo s, da boate do Leopoldina Juvenil e de outras casas noturnas. Era discotecário de "rock pauleira", portanto. E conhecia todos os sucessos de rock brasileiro, ainda mais o grande sucesso em CD do momento, que é o rock pauleira do grupo Ratos de Porão. É certo que o assassino de Porto Alegre conhecia o rock do grupo Ratos de Porão, pois eu visitei no sábado um condomínio do Partenon, onde cerca de 15 crianças, entre 12 e 16 anos, cantavam os sucessos do Ratos de Porão.

Toda a Porto Alegre jovem conhece e canta as músicas do Ratos de Porão. Como obrigação profissional e por gosto, o assassino de Porto Alegre conhece as letras do Ratos de Porão. E eu não tenho dúvida de que Carlos Alberto Pinto de Oliveira fez de uma das letras de maior sucesso do Ratos de Porão o roteiro de seu bárbaro crime. E acho provável que o assassino de São Paulo também tenha se inspirado nesta letra para matar toda a sua família.

Eis a letra da música Herança, que tenho aqui no folheto, junto com o CD: "Extremamente frio/ ele não se arrependeu/ matou sua família como se fossem animais/ Remorso em sua mente um dia vai corroer/ Será que minha herança ainda vou receber?/ O ódio que ele tinha em sua mente doentia explodiu um dia em sua casa/ numa briga com a mãe/ na madrugada escura/ tenebrosamente fria/ banhou-se numa cena de horror/ Metamorfoseado numa fera sanguinária/ a loucura o possuiu/ sua vista escureceu/ Ele deu dois tiros na cabeça do seu pai/ matou sua mãe com uma faca de cozinha/ Sua irmã menor simplesmente estrangulou/ o irmão mais velho ele decapitou/ Morte no ar/ morte no ar..."

É impressionante, terrificante a coincidência dos detalhes do crime da Bela Vista com esta letra, que por ser discotecário o assassino conhecia. O que falta nos detalhes para completar o crime daqui adapta-se perfeitamente ao crime de São Paulo. Tudo em minúcias precisas: "madrugada escura e tenebrosa", "matou sua mãe com uma faca de cozinha", "será que minha herança ainda vou receber?", leiam a letra novamente e fiquem estupefatos.

...

É inacreditável que milhões de jovens brasileiros tenham acesso e cantem inteiramente esses sucessos do Ratos de Porão. Nos Estados Unidos, pais de jovens suicidas estão processando conjuntos de rock cujas músicas têm letras que estimulam o suicídio. Eu não posso entender como se permita que crianças e jovens daqui se apaixonem por tais letras.

É um crime que se comete contra a juventude deixá-la ouvir, decorar e se empolgar com letras tão blasfemas e criminosas. Reparem nesta outra, do mesmo disco do Ratos de Porão e compreendam melhor esta onda de violência que grassa por todo o país. As crianças estão cantando Vida animal, do mesmo autor de Herança: "Se você quer morrer/ se mate na cozinha/ e chame sua mãe para ver/ Exploda um orfanato/ e comece a chorar/ Se você quer sorrir/ olhe pros mendigos que não têm pra onde ir/ Se você quer foder/ estupre a vizinha/ até o sangue escorrer/ Mas você nao vai se arrepender/ de ter sido anormal/ sua mente é psicótica/ Seu coração é muito mau/ mas você vai sofrer na camisa-de-força/ você vai apodrecer/ Então você só me diz: com toda minha maldade, eu ainda sou feliz".

Desculpem a brutalidade das letras. Mas não se choquem. Eu as ouvi inteiramente decoradas nos lábios de cerca de 15 crianças no Partenon, onde as descobri sábado pela manhã. Elas me chamaram, dizendo que estava nas letras todo o roteiro e relato do crime. E as crianças me disseram que elas pedem e ganham de aniversário, de seus pais e avós, o disco do Ratos de Porão.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui