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Cartas-->Esclarecimentos ao Eduardo -- 28/09/2003 - 23:11 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Prezado Eduardo

Não costumo polemizar com os amigos. Mas, sempre que sou citado, não posso ficar calado. Você começou a sua “fala” desse modo, abaixo transcrita, parcialmente:

‘”Sr. Presidente Bush

Eu peço que ignore, por favor, o bilhete malcriado e profundamente imbecil enviado a sua Exa. pelo meu compatriota, sr. Domingos.

O autor é um senhor já vovô, fanatizado por ideologias sinistras totalmente fracassadas, exceto na propaganda enganosa. Peço que compreenda e releve a impertinência desse venerável senhor, pois ultimamente ele anda meio contrariado com o nosso Presidente, o sr. da Silva, que se elegeu prometendo implantar o paraíso”

Chamar um amigo de “imbecil” e argumentar que o mesmo deva ser perdoado pelo Super-Homem – entenda-se Bush -porque, entre outras coisas, “é um senhor já vovô”, significa dizer, salvo melhor juízo, que seu entendimento, em relação aos idosos é, sim, preconceituoso. Como se todos os avós , inclusive os que estão na casa dos cinqüenta, como eu, não pudessem externar, com lucidez, suas opiniões.

Depois, devo-lhe dizer que não comungo com as “teorias” do Leonardo Boff. Um religioso que tem uma história de lutas, é certo, que foi exilado, por questões de ideologias políticas e que, agora, faz o mesmo jogo do atual governo, desviando a rota de compromissos e idéias assumidos em campanha e que caracterizavam o elenco de lutas do PT durante mais de vinte anos.

Você deveria ler todos os meus artigos. E não pinçar alguns textos – fora de contextos, diga-se de passagem -, para tentar o mesmo álibi utilizado por FHC e LULA: usar a exceção, como regra geral, tentando confundir a opinião de terceiros. Vide caso dos marajás aposentados, uma minoria insignificante, que o governo insiste em dizer que pretende combater, na tentativa de justificar o confisco em relação aos mais de 90% dos servidores públicos que, a bem da verdade, não ganham mais do que R$2.500,00, incluídos médicos, professores e milhares de outras categorias funcionais de nível superior.

Criticar o BUSH pelas mentiras e pela arrogância e violência em invadir o Afeganistão e o Iraque, à revelia da ONU e da legislação vigente, e sem motivos comprovados, não significa concordar com os atos terroristas de derrubada de torres e matança de inocentes, da parte de Bin Ladin, ou do regime de força, da parte do Iraque, que os EUA, aliás, ensinaram a arte de guerrilha e forneceram armamentos e armas de destruição em massa, quando seus interesses eram outros.

Se assim o fosse, a França, a Alemanha, a Rússia e centenas de países junto a ONU estariam do lado errado, quando criticam os atos terroristas de Estado praticados por Bush e Blair.

Não sei qual o seu efetivo interesse. Não sei porque citou o meu nome. Se estiver disposto a discutir com franqueza, podemos fazê-lo. Mas ultrapassar o campo das idéias e invadir o espaço pessoal não é do meu feitio.

Não estive satisfeito com o governo de FHC e não estou satisfeito com o atual governo de Lula. E tenho razões para tal. E amo o país onde nasci. E gosto das pessoas que aqui nasceram. E tenho a convicção de que posso, com minhas críticas e opiniões, contribuir para a mudança de rumos.

Sou contra a eterna subserviência da nossa economia ao capital estrangeiro. Sou contra os termos do acordo firmado com o FMI que impede e retarda nosso crescimentos. Sou contra a especulação e agiotagem financeira, que retira recursos da boca dos pobres para enriquecer banqueiros inescrupulosos, que vivem às custas de variações cambiais forçadas, que resultam no aumento da miséria e da fome de nossos compatriotas, por esse imenso país.

“De calar, não te arrependerás nunca; de falar, muitas vezes”, para utilizar palavras do Monsenhor Josemaria Escrivã. Bom domingo. E saiba que não guardo um pingo de mágoa ou raiva do amigo. A luta continua. Mesmo sem o companheiro. Que adotou a transgenia política, e, ao pegar o volante do poder, na primeira esquina, virou à direita.
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