A Criança que fui
Não sou mais
Essa doce criança,embalada na ilusão
Deixei para traz.
Assim,via a vida
Sempre emoldurada
Ao abrir minha janela
Alí estava ela,formoza e muito bela.
Tão qual, um bem produzido poema.
Sempre inspirado no lema
Ornado com delicadas rosas
Decantado em versos e prosas.
A criança que fui
Não sou mais,
Ali!
Eu tinha a leitura da vida.
Já com posição aguerrida,
Um tanto atrevida
Via o então e inevitável progresso,
Jamais o retrocesso
Não tiveste consciência, no entanto.
O planeta hoje,enxuga o pranto,
Quando um simples gesto teu,uma ação.
Nesse imenso manto.
Covardemente,delegaste ao teu próximo,
O essencial o inevitável,a não preservação.
A criança que fui
Não sou mais,
Forçado, entretanto,
A deixar para trás.
Pois foi assim,
Que destruístes a minha janela
E em nome de que?
Manchastes a minha aquarela!
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