Madureira,ó Madureira, berço amado,
Em teu regaço, fui amparado,
Embalou-me com cuidado,
Gingou-me no teu gingado,
Alí ouvia o repicar do teu surdo
Tenho de confessar,
Era para mim!
Canção de ninar.
Rua Guaxima, vizinho com dona Clara,
Catedral São Luiz Gonzaga
Pintadinha e de ouro retocada,
Na pia batismal confirmada
Toda saga aqui contada.
Bairro nobre,
Tanto ilustre já nos deu,
Filho de filho seu
Em teu seio recebeu.
Tenho orgulho do registro que detenho
E em ser Djalma Portela,
Que por esta tela, eu venho.
Tao linda,poêticamente bela.
Pois!Que cor poderia ter?
Preto e branco, branco e preto!
E qual cor teria o poder da alegria?
E do acalanto, na hora do pranto,
Madureira, tuas cores enfeitam o arco-íris,
E sempre, eternamente a entreluzir.
|