Nem que eu tenha que abrir mão
da minha pressa
e da minha impaciência,
minha volúpia
e minha querência,
vou esperar você.
Nem que eu tenha
que ficar inerte
e impassível
e nem desperte
até que você decida
pelo que for possível,
vou esperar você.
Nem que eu tenha
que mostrar razões,
falar alto e claro
e espantar indecisões,
vou esperar você.
Paciente e dementemente,
vou esperar você.
Até que a razão te ocupe,
até que a certeza chegue
até que você me acate
e se arrebate
e me tome com volúpia e força
e se entregue,
fico aqui,
a esperar você.
Até que você se apegue
sem saber nem porque
e então me pegue
e nem mais negue,
estarei aqui,
a esperar você.
Tita
24/07/08
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